quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

ALGUÉM ME ESCUTA?

Alguém aí fora?
Alguém me escuta?
Me ajude, então,
A sair deste poço onde me encontro
Que não tem água,
E quanto mais me debato, mais afundo.
Que não tem terra,
Mas me sufoca.
Poço que me traga,
Engole,
Afoga,
Esmaga.
Que me suga,
Me faz perder os quilos
Que já não os tenho.
Alguém venha me ajudar!
Me jogue uma escada,
Uma corda qualquer,
Dê-me uma mão.
Preciso sair daqui, desta escuridão.
Mas não me digam,
Como os médicos,
Que é só depressão.
Isto aqui é um poço,
A estreita morada da solidão.

Livro: Múltiplas Faces
Autora: Kátia Corrêa De Carli

4 comentários:

Carla disse...

Já disse que adoro o seu lado poeta? E seus textos em geral. Infelizmente quando entro na net ou simplesmente uso o pc é com certa urgência - no momento.
Vou te contar melhor as coisas sobre o Rio em outra oportunidade - já preciso desocupar o pc. Estou aqui sim. Acho Vitória um campo restrito demais pro jornalismo. Vitória não cabe em mim. Eu posso mais, sabe? Sem contar que não sou do tipo "sou filha, sobrinha, prima ou sei lá o que de fulano, me dá emprego?". Não encaixa com minha personalidade, tia Kátia.
Te conto melhor como vim parar aqui e meus objetivos depois. Ó, se tiver msn, meu endereço é carlacoutinhocarla@gmail.com

Quando entrar com um tempo mais extenso detalho tudo pra você.
Muitos beijos em vocês!
:)

Dauri Batisti disse...

Kátia,

foi um prazer receber sua visita no 'essapalavra" com um comentário tão simpático. Ainda mais vindo de uma pessoa que trabalha com a palavra como você. Obrigado.

Este seu poema, no seu inicio lembra um meu, o que mostra que somos todos atravessados pelas mesmas ondas(ou espadas?).

Sim,
estranho,
vizinho,
amigo,
inimigo,
me dirija uma palavra, por favor.
Já que seguimos no mesmo século
teria você uma palavra?
Não, não quero a palavra,
quero a mão.
Não, não quero a mão,
quero o calor.
Não, não quero o calor,
quero a semelhança.
Não, não quero a semelhança,
quero a ilusão.
Não, não quero a ilusão,
quero a poesia.
Sim, hehehe, é claro que sinto medo.

beijo,

Dauri

Jacinta Dantas disse...

Oi Kátia,
que poema! para mim, descreve muito bem o sofrimento da alma.
"Me jogue uma escada, uma corda qualquer..."
às vezes a escada está na minha frente e eu não a vejo. Tenho pensado nisso.

Um beijo e obrigada pelo carinho
Jacinta

Anônimo disse...

Tô preocupada com você. Mande notícias...
Bjo