terça-feira, 8 de janeiro de 2008

SOBREVIVI

Fim de ano sempre é época de revisões, proposições, promessas...

Este meu afastamento involuntário, do computador e da vida, me levou a rever muita coisa. Mais uma vez valeu o ditado: Há males que vêm para o bem.

Refleti sobre o papel da família. No dia a dia, muitas vezes não nos damos conta do valor inestimável da presença física, do segurar, do saber-se acompanhada. Incapacitada, passei a valorizar, ainda mais, os pequenos/grandes gestos que brotam do coração e não do "preciso fazer".
Família, há que se apertar sempre este laço.

Refleti sobre a dádiva que é ter amigos. Amigos que sempre aparecem nas horas mais precisas: quando estava com dor e necessitava de Reiki, quando não suportava mais a solidão e apareciam para visitar, quando, desesperançada, recebia uma mensagem, um telefonema, um "estou aqui"...
Amigos são jóias raras! E, mais uma vez, descobri que possuo um tesouro.

Refleti que não nasci para ficar parada. É um tormento! Então, preciso desenvolver a paciência...

Descobri que a dor física, por maior que seja, dói muito menos que as dores da alma... por isso precisamos fugir delas.

Descobri que podemos continuar amando mesmo as pessoas que não nos amam mais (esta foi uma ótima descoberta, trouxe-me muita paz).

Ah! Redescobri que a prece é um lenitivo para passar o tempo de forma saudável (vale orar por nós mesmos, família, por quem se foi, por quem não vemos, pelos que não nos amam, pela humanidade, etc.). Tive bastante tempo para isso!

Aprendi a dar mais ouvidos à minha voz interior. Ela sempre está certa, eu é que, às vezes, a interpreto mal. Principalmente quando ela me mandar procurar algum amigo, com certeza ele está necessitando de mim.

Com todo esse aprendizado, não vi que um ano acabou e outro começou...
Não me dei conta, ainda, de que iniciou um novo ciclo.
Não fiz promessas, não pulei as sete ondas na praia, não fui à missa nem fiz oferenda à Iemanjá, não passei nem a agenda nem a vida a limpo, não fiz balanço do ano que acabou.

Acho que ainda estou parada em 2007.

Mas Sobrevivi!

5 comentários:

Carla disse...

Tia Kátia (quase 30 anos e ainda chamo de tia, claro), que bom que o pior passou e que tudo correu bem no pós-operatório. É, sem dúdiva, uma fase insuportável. Mas o que importa é que agora tudo está bem. Que 2008 seja intenso e pleno, repleto de boas novas, carinho, família e bons amigos.
Muitos beijos,
Carla

PS: Bora organizar um churrasco!

florescer disse...

Oi Kátia,
fico feliz que tenha superado essa fase complicada. Gosto do seu jeito de refletir o momento e penso que a vida é prá ser vivida assim, intensamente, apesar do sofrimento.
Seja benvinda ao novo ano.
Abraços

Jacinta Dantas

Jorge Elias disse...

Kátia,


VC não fez promessa, não fez simpatia... Mas fez o mais importante: Refletiu.
Seja bem vinda.
Poxa! Já estava sentindo sua falta!

Um abraço,

Jorge Elias

Jussara Soares disse...

Você é linda!
E que 2008 seja repleto de saúde, paz, amor, amigos, carinho, sucesso, bondade, sorte e inspiração.

Anônimo disse...

Kátia,muito prazer.
Estive lendo aqui no seu blog desde ontem e gostei muito de todos os seus textos e poemas.
Por eles, percebo que você é uma pessoa positiva e feliz.
Não sei o que aconteceu, mas percebo que foi grave, já que ficou imobilizada (foi o que entendi).
Espero que agora, esteja bem e livre de qualquer dor física. As dores da alma nos acompanham sempre, como o sol.
Vltarei sempre para ler aqui.

beijos, felicidades sempre.