quarta-feira, 9 de julho de 2008

NEM TUDO É O QUE PARECE

De acordo com pesquisa no nosso “santo” Google, a origem da expressão idiomática “programa de índio” não é muito certa, mas provavelmente vem da idéia dos povos indígenas serem vistos como seres sem sofisticação, sem os confortos da vida moderna. Fazer trilha no meio do mato? Isso é programa de índio! Visitar uma praia deserta onde não tem nada? Isso é programa de índio! Ir a uma floresta só para ficar observando os passarinhos? Isso é programa de índio! Mas tudo isso porque são coisas que os índios habitualmente fazem (ou faziam, em priscas eras – no tempo em que se usava a palavra priscas).
Com o passar do tempo, o significado da expressão expandiu-se para cobrir todo tipo de programa que não deu, não dá, ou não dará certo, ou, ainda, um programa que demande muito esforço.
Um programa em que tem gente demais, ou que parece chato, ou que obriga passar muito calor, ou sem organização, ou, como no que parece ser o significado original, totalmente destituído de qualquer luxo, é programa de índio!
Todo mundo já fez um dia um programa de índio, como, na minha classificação, fazer compras na Rua 25 de Março em São Paulo, enfrentar fila para ir ao estádio (em qualquer lugar do mundo), fazer piquenique em praia deserta em dia de vento e ser obrigada a comer farofa de areia e por aí vai...
Hoje eu fiz um!
Às 09 da madrugada fui para o centro da cidade enfrentar uma fila para pegar ingresso para o projeto “Seis e Meia”, cuja distribuição iniciaria às 12:00 h.
Tudo bem que o show será do meu amado sobrinho de coração Amaro Lima (quem não conhece está perdendo!) e do Vander Lee, de quem sou fã de carteirinha.
Mas juro que na fase atual da minha vida, preferia pagar por um ingresso, com aquele numerozinho anotado da minha cadeira.
Mas sem esta de frescura... cultura para o povo... vamos lá!
E não esperem minha visita hoje, pois daqui a pouco terei que voltar para enfrentar a fila de entrada para garantir um bom lugar.
Tudo pelo cultural!
Amaro Lima (Divulgação)
Vander Lee (Divulgação)
Foto de Abertura: Ladeira Porto Geral, que dá acesso à Rua 25 de Março, São Paulo, num dia normal. Ou poderia ser "A visão do inferno". Para quem assistiu "Amor Além da Vida" essa ladeira me lembra quando Chris Nielsen, personagem vivido por Robin Williams vai à procura de Annie (Annabella Sciorra) no inferno e passa por um lugar em que ele pisa em cabeças... é o próprio cenário!

7 comentários:

Paula Barros disse...

As vezes fazemos uns programas de índio que nem nós mesmos entendemos. Você pelo menos tem um bom motivo. Bom show.
bjs

Anônimo disse...

"passear" na 25 de março é tenso...
:)
ah... mudei de endereço:
http://gazetaonline.globo.com/blograscunho
beijo

Anônimo disse...

programas de índio bem acomanhado são bem divertidos.

=]



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Anderson Meireles disse...

Uma coisa é certa: Passar por aqui nunca é programade índio,
Um abraço!

Jacinta Dantas disse...

E sabe que eu já fui fã número um de um bom "programa de índio". Agora estpou mais devagar. Espero que o teu programa de ontem tenha sido muito bom, apesar das filas e possíveis atropelos.
Beijos

Unknown disse...

O bom do programa de índio é que eles acabam virando boas histórias pra contar.
de volta por aki

Tell Aragão disse...

vivo fazendo "programas de índio"... ou, em outra explicação, me "metendo em roubadas" rsrs
bjs