domingo, 6 de dezembro de 2009

ENCHENTE EM AFONSO CLÁUDIO - ES

Ponte do Ginásio

Prefeitura Municipal

Praça Aderbal Galvvão

Ontem à noite chegou-me a notícia que havia acontecido uma grande enchente na minha cidade natal.
Meu coração se apertou de tal forma que até a respiração ficou difícil.
Já me acostumei, nos últimos tempos, a ver enchentes, tornados, destruição, pessoas que perdem tudo, literalmente, mas isso confortavelmente sentada no sofá da minha casa, olhando estranhos. É claro que o sentimento de pesar me acompanhava naqueles momentos, mas eu pensava: Que pena! Coitados! Infelizmente não posso fazer nada.
Agora não!
Os coitados são amigos. São pessoas importantes na minha vida.
Dizem que a água chegou sem aviso... foi tomando tudo, destruindo tudo. Fosse noite, muitos teriam morrido.
Tudo isso me faz lembrar quando criança, pequena demais para guardar essas lembranças, morando numa casinha à beira do rio e chegava a época das enchentes. A água ia subindo... meus pais, padrinhos, amigos revezavam na vigília, a pressa em tirar o pouco que tínhamos, panelas, pratos, etc. e levar para cima, onde ficavam o quarto e sala (não me lembro da casa ter banheiro) e a água invadia aos poucos e subia, subia e com ela vinham as cobras e o medo.
Esse mesmo Rio Guandu da minha infância, agora leva com ele os pertences de amigos e desconhecidos, mas ligados a mim pelo fato de sermos da mesma cidade.
Custa-me ver a praça da minha adolescência, recém reinaugurada, debaixo d’água.
Dói-me ver a ponte por onde passava todos os dias para ir à escola condenada pela ação da força da água.
Dói-me... mas agora eu posso fazer diferença!

(fotos: FRANCIELE GALVANI)

5 comentários:

Pelos caminhos da vida. disse...

Está ficando cada vez mais frequente essas enchentes,é a natureza mostrando sua revolta.

beijooo.

Léia Freisleben disse...

Oi Kátia! Acabei de chegar de Afonso Cláudio e infelizmente foi uma tragédia muito maior que a de 1979. Cenas muito trágicas e tristes vimos ali.
Um abraço,
Léia

Jomar Apolinário Pereira disse...

Olá Léia, infelismente as circunstância deste contato nos deija desconfortáveis. Eu também sou seu conterrâneo e meu coração fica apertado quando leio, ouço notícias e vejo fotos de nosso querido Afonso Cláudio manchado pelas forças da natureza. Comércio inundados, casas condenadas, e o NATAL? Infelizmente para muitos este não será um Feliz Natal.

Um grande abraço.

Jomar Apoliário Pereira

Unknown disse...

A coisa não ficou bonita não, foi uma coisa q ninguem nunca esperava...

Infelismente isso vai ficar marcado na historia de A.C, como uma grande tragédia...

Unknown disse...

Kátia, minha amiga!
Que bom que pude colaborar pra estas informações, apesar de serem muito tristes as imagens e mais ainda o saldo devastador deixado por esta catastrofe.
A cidade de Brejetuba tb foi vitima e lá houve a morte , por soterramento , de uma criança de 11 meses;
O Rio guandu subiu 6 metros.
O predio do Restaurante Ana desabou ,a passarela , que ligava a estrada da Acapulco ao Bairro Boa fè foi levada , bem como tres veiculos da Viação Mutum Preto(2 carros e uma moto)
O Bairro Boa Fé , foi o mais afetado!
Um abraço , amiga!
Com o carinho de Lucia Helena