quarta-feira, 28 de abril de 2010

PORQUE EU SÓ QUERO...



Simples Desejo
(Compositor(es): Daniel Carlomagno e Jair Oliveira)

Que tal abrir a porta do dia
Entrar sem pedir licença
Sem parar pra pensar,
Pensar em nada...

Legal ficar sorrindo à toa, toa
Sorrir pra qualquer pessoa
Andar sem rumo na rua

Pra viver e pra ver
Não é preciso muito
Atenção, a lição
Está em cada gesto
Tá no mar, tá no ar
No brilho dos seus olhos
Eu não quero tudo de uma vez
Eu só tenho um simples desejo

Hoje eu só quero que o dia termine bem
Hoje eu só quero que o dia termine muito bem

Simples assim...

terça-feira, 20 de abril de 2010

POR AÍ...

"Se alguém perguntar por mim,
Diz que fui por aí..."



Vou fazer uma pequena viagem, com minha fiel companheira...
Testar meus limites, retomar os prazeres da vida, buscar o novo de novo.
Tentar olhar a cidade dos meus amores com um novo olhar,
Porque eu mudei, a dor me mudou,
As constatações, a cada dia, são novas.
Só a dor continua presente...
Porque a dor é uma constante
Mas Eu não sou a dor!
Sou mais!

domingo, 11 de abril de 2010

AMORES, VIDA & MÚSICA

NÃO NECESSARIAMENTE NESTA ORDEM

Sou daquele tipo de pessoa que está sempre pensando. Tudo bem, sei que todos nós pensamos incessantemente, mas sou daquelas que prestam atenção aos pensamentos (na maioria das vezes).

Esses dias estava pensando em como a doença que me acometeu (Síndrome de Sjögren + Vasculite) e que me derrubou por exatos, neste momento em que escrevo, 1 ano, 2 meses e 4 dias, mudou minha vida.

Desde pequena, como já disse uma vez, como eu não era “a mais” em nada – beleza, dinheiro, etc. – passei a estudar mais do que ninguém para ser pelo menos bem sucedida. Então, era uma disputa feroz, no primário, pelos distintivos dos três primeiros lugares da classe. Quando eu tirei meu primeiro 7,0 – já na quinta série – chorei o dia inteiro, porque aquela não era nota para mim e carreguei uma raiva danada da professora por muito tempo. A raiva passou, claro, mas a lembrança não, acho que vem daí meu trauma com Geografia. Foi nessa época que comecei a escrever meus versos, pensamentos, num velho caderno que permanecia escondido, fechado a sete chaves. Era ele meu confidente, como na música:

"Sou eu que vou ser seu amigo
Vou lhe dar abrigo
Se você quiser
Quando surgirem
Seus primeiros raios de mulher
A vida se abrirá
Num feroz carrossel
E você vai rasgar meu papel..."

Cresci, não muito, e embora não sendo “a mais”, era popular. Nunca ficava sem namorado! Naquela época eu cantava “e que tudo mais vá pro inferno”... e seguia adiante quando o namoro terminava.

Mas amor, amor de verdade, Amor com letra maiúscula, foram três.

O primeiro, ainda na adolescência, abandonou-me, sem mais delongas, por conta de uma fofoca. Por muito tempo fiquei a cantar:

"Vem, que o tempo pode afastar nós dois
Não deixe tanta vida pra depois
Eu só preciso saber
Como vai você"

Desse primeiro amor herdei o medo de amar, da entrega sem limites, de me apaixonar... Daí passei a namorar só três meses. E avisava ao pretendente, eu só namoro três meses! (rs) Raciocinem comigo: é o tempo exato de só viver coisa boa, sem se apaixonar. Assim não corria risco de sofrer. Como estava enganada!

Amei novamente, inesperadamente, e foi entrega total, amor avassalador, fora de tempo... daí, até hoje, eu canto:

"Das lembranças
Que eu trago na vida
Você é a saudade
Que eu gosto de ter
Só assim!
Sinto você bem perto de mim
Outra vez...

Me esqueci!
De tentar te esquecer
Resolvi!
Te querer, por querer
Decidi te lembrar
Quantas vezes
Eu tenha vontade
Sem nada perder..."

Meu terceiro amor foi construído na convivência, no dia a dia, sem urgências... para ele eu canto, um canto que poucos conhecem:

“Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui”

Assim a vida foi passando, as coisas acontecendo e de quando em vez eu padecia de alguma doença. Deste modo comecei a partir, aos pedaços. O primeiro foi um pequeno pedaço do seio, mas eu era tão jovem que nem cheguei a me afligir. Como é boa a ignorância!

Quando perdi o útero, depois de anos de sofrimento, eu só pensava para quê eu iria querer aquele órgão, para mim só servia para duas coisas, ter filho e câncer, filhos eu já tinha tido, câncer não iria de ter. Nessa época vivia tão atarefada que nem tinha tempo para pensar, cantar então...

Depois foram embora a tireóide, a vesícula, alguns pedaços de ossos que não deveriam ter se desenvolvido e eu ainda fazia piada, toda vez perguntava pro meu cirurgião quais pedaços ainda poderia perder sem passar para o lado de lá! Só de brincadeira cantava “Oh pedaço de mim...” e emendava com alguma bobagem acerca de órgãos humanos.

Mas a vida não é uma piada, houve um tempo tão triste, cheio de dor, que fiquei seca, estática, muda... desse nem música tem...

Voltando à doença recente, por conta dela passei quase um ano sem ir a nenhum compromisso social, as dores me impediam... Até que esses dias, já mais aliviada, resolvi ir a um aniversário! Estava marcado para as 7:30 h. Como sempre fui ultra rápida para me arrumar, era só falar vamos! em 15 minutos estava pronta! Mas para ter folga comecei a me arrumar 7 horas. Não olhei para o relógio. Como era uma reunião de mulheres eu iria só, então não tinha ninguém para me alertar. Quando cheguei à festa minha comadre falou: - Pensei até que você não vinha! Que bom que está aqui!

Foi então que descobri que eram quase 8:30 h. Ou seja, meu tempo mudou.

Foi um choque!

Busquei, então, o que mais havia mudado em mim além do inchaço do excesso de corticóide. Enchi meus filhos, marido, irmã, etc. de perguntas e eles, meio a contragosto, confessaram que minha memória mudou: não lembro mais os números de telefones que antes trazia de cor; tenho lembranças, que juro serem verdade, e que nunca existiram; minha agenda de aniversários, que trazia na memória, apagou-se; vou pegar alguma coisa e quando chego ao lugar não lembro mais o que era; tenho certeza que conheço pessoas que nunca vi (e mato meus filhos de vergonha); entre outras coisas. Disfarço o embaraço que também sinto, engulo as lágrimas e sigo em frente, com vontade de morrer... sem trilha sonora.

Agora preciso aprender a viver nesse outro compasso.

Preciso conhecer, e aceitar, minhas limitações, não só as físicas.

Preciso me re-conhecer.

E eu, que a vida inteira cantei:

“...Sexo frágil
Não foge à luta
E nem só de cama
Vive a mulher...

Por isso não provoque
É Cor de Rosa Choque”

Estou, aos poucos, e não sem sofrimento, aprendendo a cantar:

“Ando devagar porque já tive pressa,
E levo esse sorriso, porque já chorei demais...”

quinta-feira, 1 de abril de 2010

CHICO XAVIER - CISCO DE DEUS

HOMENAGEM PELO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO
DE CHICO XAVIER - 02/ABRIL/2010


Francisco Cândido Xavier, homem simples, desprovido de qualquer ambição material, espírito elevado que nos mostrou o verdadeiro sentido da Caridade, do Amor ao Próximo, dos ensinamentos de Jesus como crêem e buscam os adeptos do Espiritismo, doutrina codificada por Allan Kardec.
Chico foi o instrumento que vários espíritos usaram para a publicação de mais de 400 livros que vieram complementar os preceitos das obras básicas de Kardec.
Chico, que se considerava "Cisco de Deus", trouxe, também, alento para inúmeras pessoas através da psicografia de cartas ditadas por espíritos desencarnados que davam notícias do outro lado da vida.
"O Carteiro", música do Grupo Bem (Vitória-ES), é uma homenagem ao homem que nos deixou o verdadeiro exemplo de desapego ao mundo material.
Oxalá sua vida seja exemplo para nós, ainda tão imperfeitos...
Que Chico continue olhando por nós!

A qualidade do vídeo não é muito boa, visto que foi realizada amadoramente, mas espero que apreciem a música, que é belíssima.
Deixo, a seguir, a letra de "O Carteiro"

(Composição: Grupo Bem)

Em um mundo onde
Muita gente vive 
Longe de quem ama 
Um homem humilde 
Quis aliviar 
A dor da distância  

E escolheu ser um carteiro 
E entregar cartas de amor 
E trazia do estrangeiro 
Mensagens do interior  

Francisco, 
Um Cisco 
De Luz... 

Tinha nome de santo 
E era só mais um homem 
Fazendo sua parte 
Entregando cartas como ninguém 

Era homem honesto
Dedicado ao trabalho
Não ganhava um trocado 
Por cartas escritas por outro alguém  

Francisco, 
Um Cisco 
De Luz...