quarta-feira, 26 de março de 2014

SOLITUDE, SOLIDÃO



Hoje acordei com desejo de solitude.
Não ouvir o barulho da obra em frente,
Não ouvir o rádio tocando música brega,
Nem o sujeito gritando “olha o gás”.
Não quero os sons produzidos pelo homo sapiens
Nem pelos seres do mundo animal.
Não quero palavra sussurrada,
Nem canto de pássaro,
Nem a mais linda balada.
Hoje queria ausência de mim,
Como se pudesse abandonar meu corpo na cama
E ir para um lugar qualquer, em outra dimensão
Um lugar onde não houvesse espaço
Para pensamento, saudade, cansaço.
E de lá observá-lo quieto, mudo, imóvel,
Como acho que devem ser os corpos mortos,
Sem dor...
Hoje queria mesmo era solidão.


(Kátia Corrêa De Carli)

1 comentários:

Vanuza Pantaleão disse...

Mas comigo por perto, sei não, nunca sentirás solidão. Um beijão!
(mas que rima pobre!)