Nada como começar o ano rindo da gente mesmo... porque dos outros a gente está sempre rindo! Eu havia planejado seguir a Saga de Compostela, mesmo porque estou devendo a muita gente a continuação da viagem, mas parece que Janeiro resolveu começar como se fosse continuação de dezembro, e eu sigo correndo, sem tempo nem para escrever aos amigos... o que prometo fazê-lo assim que puder, com a devida dedicação.
Mas essa não poderia passar em branco!
Dia 29 de dezembro, toda essa história de limpar a casa, desfazer-se das velharias, porcarias, etc. resolvi juntar uns cacarecos para colocar no lixo.
Obs.: embora meu bairro não tenha coleta seletiva, eu faço a separação porque existem os catadores que passam antes do caminhão do lixo e pegam o que lhes servem.
Pois é, juntei luminária usada, reator, lâmpada, garrafa pet, garrafas long neck, latas de alumínio e uma infinidade de coisas. Como não cabia tudo nos sacos de lixo, eu peguei uma sacola grande de loja, daquelas de plástico que faz barulho, e coloquei as coisas maiores.
À noite, juntamos a sacolada toda e colocamos para fora...
Daí ficamos assistindo TV, meu marido dormiu, filhos foram dormir e minha companheira, Dona Insônia, nada de ir embora.
Passava das duas da manhã, eu incomodada em ficar na cama que nem hambúrguer na chapa, ora de um lado, ora do outro, resolvi levantar e ir para a varanda.
Cabe aqui uma explicação: moramos num bairro estritamente residencial, super tranqüilo, rodeado de mata, silêncio absoluto e minha casa tem dois andares, sobre pilotis, então eu estava numa altura equivalente ao terceiro andar e tem um poste de energia elétrica bem do outro lado da rua que ilumina lateralmente a varanda.
Porém lá pelas tantas começou um ventinho frio e eu peguei um lençol, me cobri e segui a admirar as estrelas, a pensar na vida, a não fazer nada... até que de repente começo a ouvir um barulho estranho...
Agucei minha percepção para identificar de onde vinha o barulho.
Era a sacola! A da loja! Pensei: - Deve ser algum bicho!
Levantei quietinha, o lençol sobre os ombros, os cabelos em pé, pior do que bruxa desvairada e cheguei ao parapeito.
No mesmo instante vejo um homem (que depois identifiquei como sendo o vigia do bairro) com a sacola nas mãos buscando os objetos que lhe interessavam.
Ato contínuo ele olha para cima, dá de cara comigo, assusta-se, solta a sacola, dá um passo para trás e grita:
- Valei-me meu Jesus Cristo! E sai em disparada...
Eu, para não assustá-lo ainda mais dou também um pulo para trás, segurando o riso.
Só sei que até hoje ele ainda não voltou a apitar na frente da minha casa... Acho que daqui uns tempos correrá a história da casa mal-assombrada que tem uma mulher que fica vagando na madrugada...
Mas essa não poderia passar em branco!
Dia 29 de dezembro, toda essa história de limpar a casa, desfazer-se das velharias, porcarias, etc. resolvi juntar uns cacarecos para colocar no lixo.
Obs.: embora meu bairro não tenha coleta seletiva, eu faço a separação porque existem os catadores que passam antes do caminhão do lixo e pegam o que lhes servem.
Pois é, juntei luminária usada, reator, lâmpada, garrafa pet, garrafas long neck, latas de alumínio e uma infinidade de coisas. Como não cabia tudo nos sacos de lixo, eu peguei uma sacola grande de loja, daquelas de plástico que faz barulho, e coloquei as coisas maiores.
À noite, juntamos a sacolada toda e colocamos para fora...
Daí ficamos assistindo TV, meu marido dormiu, filhos foram dormir e minha companheira, Dona Insônia, nada de ir embora.
Passava das duas da manhã, eu incomodada em ficar na cama que nem hambúrguer na chapa, ora de um lado, ora do outro, resolvi levantar e ir para a varanda.
Cabe aqui uma explicação: moramos num bairro estritamente residencial, super tranqüilo, rodeado de mata, silêncio absoluto e minha casa tem dois andares, sobre pilotis, então eu estava numa altura equivalente ao terceiro andar e tem um poste de energia elétrica bem do outro lado da rua que ilumina lateralmente a varanda.
Porém lá pelas tantas começou um ventinho frio e eu peguei um lençol, me cobri e segui a admirar as estrelas, a pensar na vida, a não fazer nada... até que de repente começo a ouvir um barulho estranho...
Agucei minha percepção para identificar de onde vinha o barulho.
Era a sacola! A da loja! Pensei: - Deve ser algum bicho!
Levantei quietinha, o lençol sobre os ombros, os cabelos em pé, pior do que bruxa desvairada e cheguei ao parapeito.
No mesmo instante vejo um homem (que depois identifiquei como sendo o vigia do bairro) com a sacola nas mãos buscando os objetos que lhe interessavam.
Ato contínuo ele olha para cima, dá de cara comigo, assusta-se, solta a sacola, dá um passo para trás e grita:
- Valei-me meu Jesus Cristo! E sai em disparada...
Eu, para não assustá-lo ainda mais dou também um pulo para trás, segurando o riso.
Só sei que até hoje ele ainda não voltou a apitar na frente da minha casa... Acho que daqui uns tempos correrá a história da casa mal-assombrada que tem uma mulher que fica vagando na madrugada...
19 comentários:
eu também me teria assustado!
um beijo cara amiga
Muito boa.... estou rindo muito aqui. Muito boa.
Bom ano. Boas histórias. FELICIDADES!
(rindo muito)...Acho que qualquer um se assustaria.
Muito boa história para começar o ano,
forte abraço!
Muito boa amiga,rs.
Tem selinho la para vc.
beijooo.
Katinha,
confesso que dei uma baita gargalhada!!
Muito boa a inspiração tímida e perfeita!!
Você foi ótima antes, durante e depois...
Beijãozinho. Carinho. Paz!
Sorrisos e ...
Vida!!
Sempre ouço barulhso estranhos, mas ver, nunca vi nada!
Mas algumas crianças que apareceram aqui no dia 1º apertando a campanhia Às 8 da manhã devem ter me achado uma bruxa, se precisar da aparência.
;)
Olá Kátia,
ahaha, coitado do vigia, deu pra imaginar o coração dele saíndo pela boca e ele ficando branco que nem um fantasma
tudo de bom em 2009 muitas felicidades
beijos
Oi Kátia!
Espero que encontre o tempo necessário para continuar a viagem.
Agora, convenhamos que a visão deve ter sido assustadora. Mas, deve ter sido muito engraçado ter visto a cena. Eu confesso que não consigo não rir lendo algo tão bem escrito como você sempre faz e imaginando o pobre vigia desesperado pedindo proteção a todos os santos conhecidos e ainda a serem canonizados. Muito bom para começar o dia.
Li uma vez que a atriz Tônia Carrero teve o carro quebrado no aterro do flamengo e, de camisola, saiu para dar um passeio por perto enquanto aguardava socorro, ou algo assim, quando tentaram assaltá-la. Pelo que me lembro, travou-se um diálogo mais ou menos assim:
Ele preocupadamente depois de abordá-la: a senhora não tem medo de andar sozinha a essa hora?
Ela: eu tinha quando era viva.
Bem, parece que o cara até hoje vive assustado. Isso é o que se pode chamar de presença de espírito, hein!
Um bom dia e um beijo com carinho!!!
ola, Katia
rsrsrsrsrsrsrsrs..eu queria ver vcs dois..rsrsrs
um beijo
..Enquanto vc nao posta sobre Santiago, vou de Machu Picchu
Estou rindo. As caminhadas são ótimas, mas essa história foi excelente.
abraços, bom ano, ótimas caminhadas.
Menina!!!! Achei você! E já comecei a leitura, rindo...porque sabia que ia terminar em confusão!
E foi assim, mesmo...Você é espirituosa e sabe colocar em letras sua maneira engraçada e envolvente!
Quero um 2009 bem iluminado e cheio de graças para você( graças, nos dois sentidos!).
Deixo-lhe um abraço de carinho.
Dora
Rindo aqui... Apesar da história ter uma pitada fantasmagórica, é leve e muito divertida.
Aproveito também pra te deixar um beijo e todos os meus desejos da Kátia feliz e a todos a quem ela ama.
Felicidades, flor, sempre!
E um ano novo realmente novo dentro e fora de vc.
rsrs.. Olá..
Tive que rir!.. rsrs lembrei de outras histórias minhas mas isso da pra virar post tbm..
A gente ri pq nao ta ne pele do vigia! Com certeza ele ta assombrado!..
Bjusss.. Adorei
rsssssssssss......
Ai, ai, que história deliciosa. Daria um filme, uma comédia de horror, talvez.
Mas, deixando a brincadeira de lado, coitado dele, deve estar até hoje assustado com o "fanstasma"..
Querida Kátia, depois de um tempo afastada (eu estive doente), agora estou voltando a visitar os amigos, começando o ano novo fazendo o que mais gosto.
Desejo-lhe (ainda é tempo) e à sua família, um ano novo feliz, com paz, saúde e muita alegria.
Neste novo ano,
artesão que somos, da vida,
vamos adornar nossas mãos
para que a construção seja um sólido ser,
feito com as flores da esperança e as águas do amor.
Neste novo ano,
vamos voar juntos em nossos sonhos
porque só o sonho dá sentido aos atos
e são capazes de nos diferenciar dos autômatos.
Neste novo ano,
que nossa boca seja apenas de sorrir
e nossa voz seja música
porque assim, começamos a construir a paz
ao nosso redor.
Neste ano,
sejamos felizes!
hihihihihihihiihi
Amei a história!
bjobjo
Ah, que coisa boa de se ler! Você escreve manso, molengo,com leveza.
Tens uma maneira de descrever uma situação banal com tanta simplicidade e realidade, que nos transporta para a situação e, num texto pequeno consegues colocar tudo e, mais alguma coisa que fica por conta do nosso pensamento enquanto lemos. És admirável!
Sou fã do que escreves.
Feliz 2009 à você e sua família.
Bjs no seu coração.
Kátia, deliciosa esta história! Tô rindo até agora. E o sujeito deve ter até mudado para bem longe da casa mal assombrada... kkkkkkkk
Beijo.
Esta eu ADOREI!!!!
E acredite: coisas similares acontecem comigo também!!!
rs rs rs
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