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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

VITÓRIA, DO ESPÍRITO SANTO



Prometi, no post passado, contar um pouquinho da "minha" cidade: Vitória.
Muitos perguntam: na Bahia? Por isso quando apresento-a, sempre falo, Vitória do Espírito Santo, com muito orgulho.
Por isso resolvi transcrever parte da apresentação do meu livro "Vitória, a cidade que (não) conhecemos" para que vocês se situassem no "meu universo" porque, nas próximas semanas, irei apresentar-lhes alguns pontos da Cidade Presépio:

“Por que teriam apelidado a nossa capital de cidade presépio? Pelo seu tamanho? Pela sua apresentação completa, em que há pedaços de oceano maravilhosos, montanhas encantadoras e casas pequeninas trepando pelas encostas? Ou porque, na sua formação tudo se aglomera, acotovela, espremidamente, entre um braço de mar e contrafortes altivos, dando, de fato, a idéia de um presépio armado por mãos caprichosas? Na pequena ilha de Vitória há trechos de todos os tipos. Uns caracteristicamente modernos, onde se erguem prédios ousados, trazendo-nos em miniatura, lembranças de cidades americanas, cheias de edifícios gigantescos. Há trechos, também, evocando o nosso passado de terra colonizada por gente lusa vinda do velho Portugal.
Apenas nós, assoberbados por preocupações e afazeres, não temos tempo ou paciência suficientes para observar com olhos calmos e prazerosos, as belezas que as nossas ruas oferecem.”

 Jornal A Gazeta, edição de 29 de janeiro de 1950

APRESENTAÇÃO

Por que escrever sobre Vitória?
Principalmente, por que escrever sobre lugares que as pessoas mal conhecem?
Se tantos escritores já descreveram, e bem, as maravilhas dessa cidade, por que, então, fazê-lo?
Eu respondo: é para realizar um antigo sonho.
Há muitos anos, desde que aqui cheguei, não me canso de admirar a beleza das paisagens, dos monumentos, das construções. E, mesmo com todas as transformações pelas quais passou, para mim não existe, no mundo, cidade mais bonita.
O grande problema é que ou por força da modernidade ou do avanço da tecnologia ou das descobertas científicas, as pessoas de hoje são treinadas a olhar sempre em frente. Ideais? Lá na frente... O futuro? Siga em frente... Sucesso? Está logo ali, na frente... e com isso esqueceram de olhar para os lados, para cima... Tudo vêem, mas nada enxergam. Não conseguem enxergar por além das aparências, não têm tempo para descobrir as histórias escondidas atrás de cada monumento, cada construção e com isso perdem o que de mais belo existe no mundo: a beleza da natureza, a magia dos lugares... a dádiva de se morar em Vitória.
Foi por pensar assim que para meu projeto de conclusão do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, resolvi fazer um livro sobre alguns pontos de Vitória que normalmente não fazem parte do roteiro turístico (excetuando Camburi, que é um caso de amor à parte). A partir da hipótese de que os moradores da cidade de Vitória não conhecem, não reparam, não observam os lugares, monumentos, paisagens e construções da cidade em que vivemos, bem como desconhecem sua história, busquei validar o trabalho realizando uma pesquisa junto aos estudantes da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo). Através dessa pesquisa pude constatar que a grande maioria dos moradores de Vitória não conhecem a nossa cidade.
O resgate histórico, o registro fotográfico e minha visão acerca desses pontos seriam o meu presente à cidade que tão bem me acolheu e uma forma de perpetuar parte da história desta cidade.
Se eu conseguir, com esse livro, mostrar quão bonita, abençoada e mágica é nossa cidade e com isso tocar o coração de uma pessoa que seja, então todo o trabalho terá valido a pena.
        Apresento-lhes: Vitória !

                         Kátia Corrêa De Carli