A primeira e mais óbvia resposta é que a pura beleza e reverência da peça vêm movendo pessoas às lágrimas desde que foi composta pela primeira vez pelo próprio Handel. De acordo com uma antiga história sobre Handel, seu assistente certa vez o procurou depois de chamá-lo durante vários minutos. Ele encontrou Handel no quarto dele, em lágrimas, enquanto ele estava compondo o Coro Aleluia. “Acho que vi a face de Deus”, disse ele.
Foi comovente ver um povo tão belo, de todas as gerações e procedências raciais, executarem essa grande obra com alegria e reverência, mas ainda mais comovente foi sua capacidade de transformar uma praça de alimentação, um símbolo trivial de nossa cultura consumista cada vez mais degradada, com o louvor glorioso de Deus. Por um momento naquele dia de novembro, o secularismo militante da moderna sociedade emudeceu na face de algo que jamais poderia produzir, nem começar a sondar, uma bela voz de seu passado repudiado, insistindo em verdades que nunca morrerão: e Ele reinará para sempre!
Chorei também pelo mundo perdido da minha infância. Embora a cultura da década de 1970, já cambaleando das agitações da década de 1960, tivesse sido apenas um reflexo pálido da sociedade cristã que a precedeu, muitos elementos dessa civilização perdida estavam ainda intactos. O Coro Aleluia e outras obras semelhantes eram considerados coisas naturais e normais da sociedade, uma defesa do compromisso para com uma cultura cristã que permeou os Estados Unidos, Canadá e boa parte do mundo ocidental. Mas os EUA em que nasci desapareceram, e o Coro Aleluia é agora considerado um ato revolucionário, um gesto de desafio na face de uma sociedade “pós-cristã” cínica.
Mas a cristandade, com Cristo como rei, jamais poderá morrer. Pode ser forçada a se esconder nos subterrâneos por algum tempo, na privacidade dos lares e corações, mas as palavras do Coro Aleluia nos fazem recordar que Jesus Cristo é “o Senhor Deus onipotente”, o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” cujo reinado nunca acabará. O reinado de Cristo desabrochará de forma nova milhares de vezes e em mil lugares, em shopping centers e ruas, em lojas e escritórios governamentais. Sua ressurreição, como a do próprio Cristo, é garantida.
“No momento em que os homens reconhecerem, tanto na vida privada quanto pública, que Cristo é Rei, a sociedade em fim receberá as grandes bênçãos de real liberdade, disciplina organizada, paz e harmonia”, escreveu o Papa Pio XI em sua encíclica que estabelece a festa de Cristo Rei. A isso, que toda a cristandade diga: “Amém”.
* Nota do tradutor: Um flashmob (traduzido do inglês para “multidão instantânea”) é um evento onde um grupo de pessoas vai de repente a um lugar público, desenhando movimentos pré-coreografados com certas finalidades.
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1 comentários:
Dizem ser a Música a Linguagem de Deus. Creio mesmo que não só Handel, mas Bach e outros tantos artistas estiverem frente a frente com o Criador.
Um vídeo maravilhoso!
Parabéns, amiga!Bjsss
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