MÃE – MULHER
As pessoas,
invariavelmente, colocam as mães
Numa redoma,
num pedestal,
Acima do bem
e do mal.
Esquecem que
sob o manto da santa
Bate o
coração de mulher
Cheio de
desejo,
Com sede de
beijo,
Fome de amor.
A mulher se
torna prisioneira
Das aparências,
dos preconceitos, das convenções.
Quando ousa
se libertar
Das amarras,
dos grilhões,
É taxada de
louca, insana, demente;
A sociedade a
olha
Com os olhos
de acusação,
A pergunta
velada:
Como pôde?
Eu a invejo,
mulher corajosa,
Banida,
proscrita, desterrada.
Saciada.
Autoria: Kátia Corrêa De Carli
1 comentários:
É verdade, Kátia. São grilhões e fardos pesados que nos obrigam a carregar até o fim...
Puxa, esse poema mexeu comigo!
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