Prometi, no post passado, contar um pouquinho da "minha" cidade: Vitória.
Muitos perguntam: na Bahia? Por isso quando apresento-a, sempre falo, Vitória do Espírito Santo, com muito orgulho.
Por isso resolvi transcrever parte da apresentação do meu livro "Vitória, a cidade que (não) conhecemos" para que vocês se situassem no "meu universo" porque, nas próximas semanas, irei apresentar-lhes alguns pontos da Cidade Presépio:
“Por que teriam
apelidado a nossa capital de cidade presépio? Pelo seu tamanho? Pela sua
apresentação completa, em que há pedaços de oceano maravilhosos, montanhas
encantadoras e casas pequeninas trepando pelas encostas? Ou porque, na sua
formação tudo se aglomera, acotovela, espremidamente, entre um braço de mar e
contrafortes altivos, dando, de fato, a idéia de um presépio armado por mãos
caprichosas? Na pequena ilha de Vitória há trechos de todos os tipos. Uns
caracteristicamente modernos, onde se erguem prédios ousados, trazendo-nos em
miniatura, lembranças de cidades americanas, cheias de edifícios gigantescos.
Há trechos, também, evocando o nosso passado de terra colonizada por gente lusa
vinda do velho Portugal.
Apenas nós, assoberbados por
preocupações e afazeres, não temos tempo ou paciência suficientes para observar
com olhos calmos e prazerosos, as belezas que as nossas ruas oferecem.”
Jornal A Gazeta, edição de 29 de janeiro de 1950
APRESENTAÇÃO
Por que escrever sobre Vitória?
Principalmente, por que
escrever sobre lugares que as pessoas mal conhecem?
Se tantos escritores já
descreveram, e bem, as maravilhas dessa cidade, por que, então, fazê-lo?
Eu respondo: é para realizar
um antigo sonho.
Há muitos anos, desde que
aqui cheguei, não me canso de admirar a beleza das paisagens, dos monumentos,
das construções. E, mesmo com todas as transformações pelas quais passou, para
mim não existe, no mundo, cidade mais bonita.
O grande problema é que ou
por força da modernidade ou do avanço da tecnologia ou das descobertas
científicas, as pessoas de hoje são treinadas a olhar sempre em frente. Ideais?
Lá na frente... O futuro? Siga em frente... Sucesso? Está logo ali, na
frente... e com isso esqueceram de olhar para os lados, para cima... Tudo vêem,
mas nada enxergam. Não conseguem enxergar por além das aparências, não têm
tempo para descobrir as histórias escondidas atrás de cada monumento, cada
construção e com isso perdem o que de mais belo existe no mundo: a beleza da
natureza, a magia dos lugares... a dádiva de se morar em Vitória.
Foi por pensar assim que para meu
projeto de conclusão do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo,
resolvi fazer um livro sobre alguns pontos de Vitória que normalmente não fazem
parte do roteiro turístico (excetuando
Camburi, que é um caso de amor à parte). A partir da hipótese de que os
moradores da cidade de Vitória não conhecem, não reparam, não observam os
lugares, monumentos, paisagens e construções da cidade em que vivemos, bem como
desconhecem sua história, busquei validar o trabalho realizando uma pesquisa
junto aos estudantes da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo). Através dessa pesquisa pude constatar que a
grande maioria dos moradores de Vitória não conhecem a nossa cidade.
O
resgate histórico, o registro fotográfico e minha visão acerca desses pontos
seriam o meu presente à cidade que tão bem me acolheu e uma forma de perpetuar parte da história desta cidade.
Se eu conseguir, com esse
livro, mostrar quão bonita, abençoada e mágica é nossa cidade e com isso tocar
o coração de uma pessoa que seja, então todo o trabalho terá valido a pena.
Apresento-lhes: Vitória !
Kátia
Corrêa De Carli
2 comentários:
Eu sempre soube, por ouvir dizer, que Vitória tinha um não sei quê de magia. Hoje, você me confirma algo que não é lenda, amiga.
Sucesso para o seu livro!
Sucesso em 2012! Aliás, a palavra "sucesso" é uma constante em sua vida. Um sucesso, uma vitória que você conquistou em todos os setores aos quais se dedicou.
Vitória em 2012, Kátia!!!
Que formidável iniciativa.
Desde já, parabéns!
E felizes dias do novo ano!
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