Quando pensei em escrever esta crônica a primeira coisa que me veio à cabeça foi um “pedacinho” de uma música da Dolores Duran, onde ela cantava:
“...Tem gente que jura que não volta mais
“...Tem gente que jura que não volta mais
Mas jura sabendo que não é capaz.”
Pois é, quase ao mesmo tempo que aprendemos a falar aprendemos, também, a fazer os mais diversos juramentos.
Na minha infância, quando umas palmadas ainda eram método de aprendizagem e eu aprontava alguma (o que não é nenhuma novidade!), logo que era pega, para escapar das ditas cujas, jurava, no ato, nunca mais repetir aquela arte.
Depois, já na escola de catecismo, aprendi a acrescentar o “juro por Deus” e meus pais acabavam me perdoando mesmo sabendo que eu iria repetir a ação na primeira oportunidade.
Lembro dos banhos de cachoeira, sempre às escondidas, e as palmadas e castigos porque meu pai dizia que eu ia “pegar caramujo” (esquitossomose), o que não deu outra, eu apanhava, jurava não repetir, e depois fazia tudo outra vez achando que os cabelos molhados não iriam me denunciar.
E assim a vida ia passando.
Quando quase fui expulsa do colégio, de tanto aprontar, jurei que me tornaria comportada igual à minha irmã. Mesmo todos sabendo que era a maior mentira da paróquia.
Quando o grande primeiro amor acabou, só do lado dele, porque amor não combina de acabar dos dois lados ao mesmo tempo, jurei nunca mais amar, doía muito. Até que durou um tempinho... rs, mas voltei a amar, ainda bem!
Nas dores do parto jurei não ter mais filhos... juramento que durou um ano e pouquinho, graças a Deus!
Isso só para ficar nos juramentos mais marcantes.
E de juramento em juramento fui levando a vida.
Aqueles que me acompanham mais amiúde, devem lembrar-se o quanto sofri quando o Thunder, cão da Gabi, morreu. (http://katiamultiplasfaces.blogspot.com/2008/09/menina-e-seu-co.html)
Jurei, então, que nunca mais ia querer mais nada na minha vida que respirasse. Isso porque marido e filhos não requerem cuidados especiais para sobreviverem.
Bati o pé e repeti mil vezes que não aceitaria mais nenhum animal. Era trabalho demais, gasto demais, sofrimento demais, sem contar que acabava prendendo a gente em casa.
Pois bem, sexta-feira, hora do almoço, chego da fisioterapia e encontro um filhote de cachorro na minha área de serviço. A cadela que vigia a obra de um empreendimento do qual meu marido é sócio havia dado cria a 9 filhotes e estavam todos morrendo ou desaparecendo, meu marido, com dó do cachorrinho, trouxe-o para casa. Quando bati os olhos naquele olhar de cão abandonado, meu coração se encheu de piedade e não tive coragem de mandá-lo embora.
Mais um juramento quebrado.
Pois é, quase ao mesmo tempo que aprendemos a falar aprendemos, também, a fazer os mais diversos juramentos.
Na minha infância, quando umas palmadas ainda eram método de aprendizagem e eu aprontava alguma (o que não é nenhuma novidade!), logo que era pega, para escapar das ditas cujas, jurava, no ato, nunca mais repetir aquela arte.
Depois, já na escola de catecismo, aprendi a acrescentar o “juro por Deus” e meus pais acabavam me perdoando mesmo sabendo que eu iria repetir a ação na primeira oportunidade.
Lembro dos banhos de cachoeira, sempre às escondidas, e as palmadas e castigos porque meu pai dizia que eu ia “pegar caramujo” (esquitossomose), o que não deu outra, eu apanhava, jurava não repetir, e depois fazia tudo outra vez achando que os cabelos molhados não iriam me denunciar.
E assim a vida ia passando.
Quando quase fui expulsa do colégio, de tanto aprontar, jurei que me tornaria comportada igual à minha irmã. Mesmo todos sabendo que era a maior mentira da paróquia.
Quando o grande primeiro amor acabou, só do lado dele, porque amor não combina de acabar dos dois lados ao mesmo tempo, jurei nunca mais amar, doía muito. Até que durou um tempinho... rs, mas voltei a amar, ainda bem!
Nas dores do parto jurei não ter mais filhos... juramento que durou um ano e pouquinho, graças a Deus!
Isso só para ficar nos juramentos mais marcantes.
E de juramento em juramento fui levando a vida.
Aqueles que me acompanham mais amiúde, devem lembrar-se o quanto sofri quando o Thunder, cão da Gabi, morreu. (http://katiamultiplasfaces.blogspot.com/2008/09/menina-e-seu-co.html)
Jurei, então, que nunca mais ia querer mais nada na minha vida que respirasse. Isso porque marido e filhos não requerem cuidados especiais para sobreviverem.
Bati o pé e repeti mil vezes que não aceitaria mais nenhum animal. Era trabalho demais, gasto demais, sofrimento demais, sem contar que acabava prendendo a gente em casa.
Pois bem, sexta-feira, hora do almoço, chego da fisioterapia e encontro um filhote de cachorro na minha área de serviço. A cadela que vigia a obra de um empreendimento do qual meu marido é sócio havia dado cria a 9 filhotes e estavam todos morrendo ou desaparecendo, meu marido, com dó do cachorrinho, trouxe-o para casa. Quando bati os olhos naquele olhar de cão abandonado, meu coração se encheu de piedade e não tive coragem de mandá-lo embora.
Mais um juramento quebrado.
Nossa casa e nossos corações agora abrigam um dalit (ele é tão bonitinho que não merece ser chamado de vira-lata) que já está até aprendendo a atender pelo nome que, para seguir a linhagem, Thunder, Flash... e como ele não é bramani, ficou sendo Chuvisco mesmo.
9 comentários:
Aeeeeeee! E assim começa nossa história com o Chuvisco! =)
Katita,
Eu jurei que não aceitava nenhum cãozinho aqui em casa, depois que a Layka morreu e estou cumprindo o juramento. Tá certo que ainda tenho a Miucha, que dá um trabalho danado e nem me deixaria com tempo pra cuidar de outro, mas a promessa tá valendo por aqui.
Camila ganhou há uns 5 meses, um filhotinho fofinho, de raça, etc e tal. Nem deixei que ela trouxesse pra casa: devolveu o bichinho qdo eu fiquei sabendo...
E neste momento, vendo minha Miuchinha deitada aqui no meu pé, meu coração se aquece de felicidade...
Mas ela vai continuar reinando absoluta por aqui.Sozinha.
E tenho dito.
Bom saber que vc hoje estava apenas com "as dores normais" (como se alguma dor fosse normal...) Como falei, eu que estava contando histórias, novas histórias, pra você...
Bjos.
Pois é, Kátia
juramentos parecem um até a próxima oportunidade. E, aqui, o melhor de todos os juramentos é ver você relembrando juramentos com bom humor. Isso dá sabor aos juramentos vividos.
A gente se encontra. Juro que mais cedo do que você imagina.
Um abraço
Kátia, querida!
Outra música, acho que do Noel, veio-me de imediato à cachola: "Pela Décima Vez".
Ele jura, jura que não quer mais amar aquele mulher e joga a sua última guimba de cigarro fora. depois se arrepende da jura, pela décima vez e sem ter mais cigarros "aquele mesmo apanhei e fumei..." vou até ouvi-la no youtube com a Betânia.
Sem querer ser chata e metida a sabe-tudo, vi um documentário espetacular que mostrava a "utilidade" dos animais (tem um post nosso a respeito) e eles se detiveram muito nos cães quanto à cura de moléstias como as da pele. Enfim, indo um pouquinho mais longe, é a nossa alma que sai do casulo e fica mais afininada, por aí, por aí...
A foto tá muito linda!
Felicidade para o seu novo amigo de jornada!!!Bjsss
(...e não jure mais, rsss)
"Aquela", corrigindo.
"Afinada", sua burra!
(tô falndo com essa digitadora, hahahaha)
Que lindo, Kátia!
Eles são realmente as coisinhas mais amáveis e queridas deste mundo. E não chama ele de "dalit" não, tadinho!!!! rs rs rs... achei que fosse um waimaraner (nem sei como escreve) quando vi!!!
BEIJOS!
Ahhhhhhh
Achei que a música era do Carlos Lyra... Eu sempre canto ela ou coloco como frase no msn para os "saudosos" de plantão...
D E T E S T O (os saudosos e nao a música)
Beijos pra vc e pro Chuvisco!
Volteiiiiiiiiii amiga.
beijooo.
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