domingo, 2 de novembro de 2014

PERMITAM-ME NÃO GOSTAR DE GOIABADA



Quando eu era criança,  pobre, pobre de "marré deci", comia tomate com açúcar fingindo ser sobremesa porque nunca gostei de goiabada e as pessoas insistiam que eu tinha que comer goiabada. 
Alguns amigos em rede social comentam algumas postagens minhas quando critico o atual poder e seus personagens, querendo, talvez, com isso, mudar minha opinião. Então como ponto final no assunto, quero deixar bem claro o que penso desses senhores e senhora e seu partido político e dizer que não quero mudar de opinião.
Acho o Lula (não o molusco, embora tenha gente que diga que é crustáceo) ignorante,  arrogante,  prepotente,  amoral.  Ele se aproveitou de uma situação ditatorial para se fazer o líder aposentado por invalidez e nesta posição se tornar o salvador da pátria do Brasil.  Poderia ter estudado, como muitos pobres como eu, mesmo às custas de passar fome, literalmente, também como eu. Poderia ter trabalhado 30 anos (ou mais) como a maioria dos mortais em todo mundo...  Mas para que se tinha sua aposentadoria garantida e mais o que entrava por fora por conta de sindicato? Por conta da falta de um dedo? Pelo amor de Deus, se fosse pelo menos a falta de uma parte de cérebro! Para mim ele não passa de um zero à esquerda, um manipulador.
O PT, que na sua ideologia era fantástico, virou abrigo de corruptos, ladrões condenados,  armadores de dossiês, etc. Como crer num partido onde se vê as maiores roubalheiras, dinheiro em cueca e jatinho, desvio de verbas, etc. e ninguém nunca sabe, nunca vê nada?  São todos surdos e cegos, porque mudos já sabemos que são, quando lhes é conveniente.  São tantos os escândalos: Correios, mensalão, obras super faturadas, Petrobras, percentual por contrato em estatal... ninguém sabe de nada... só quem "inventa" é essa mídia cruel e perseguidora de fracos e oprimidos (eles sempre inocentes).
Não me peçam para gostar da Dilma,  cria de Lula, que também se vale do seu status de guerrilheira torturada para ser a Mãe do povo.  Mesmo não sendo culturalmente ignorante, não consegue falar uma frase que faça sentido sem um papel na frente ou um ponto eletrônico.  Sob seu comando o Brasil está passando e passará por suas maiores crises (não, não sou Mãe Dinah) haja vista as adoções de medidas que se apresentam: o iminente aumento dos combustíveis (com a escalada já conhecida) guardado a sete chaves para depois das eleições, a inflação voltando, os juros aumentando, o comando fazendário nas mãos de Deus sabe quem...
Aí meus críticos vão falar do bolsa família, do bolsa escola, do Ciência sem fronteiras, etc, para que se depois de formado você tem que ir pro Pronatec? Bolsa família que está tirando da pobreza milhões de pessoas e criando um bando de parasita.
Posso estar errada? Posso! 
Mas eu também não peço a ninguém que deixe de gostar de Lula, Dilma, José Dirceu, Genoíno, PT etc. tampouco comento ou discuto tópicos daqueles que preferem gostar.
Por isso, por favor, respeitem meu modo de pensar.
E permitam-me, também, não gostar de goiabada,


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

AEROPORTO DO AÉCIO VERSUS AEROPORTOS DE LULA E DILMA



Com o título de INVESTIGAÇÃO URGENTE  o PT, através da sua página no Facebook diz que alguns de seus Deputados entraram com pedido de CPMI para investigar o aeroporto da discórdia!

Aí está! Concordo!

Mas acho que primeiro o foco da investigação deveria ser um aeroporto um pouco maior e não esse chinfrim... Sugiro o Aeroporto Eurico Salles, em Vitória - ES (portanto capital de um Estado do Brasil) que teve suas obras alardeadas em 2004 e um ano depois teve suas obras paralisadas por "problemas burocráticos", suspeitas de desvio de dinheiro e falhas na elaboração dos projetos.

Obras em 2014
O Módulo Operacional Provisório (conhecido como "Puxadinho") que inclui novas salas de embarque e desembarque, está em funcionamento desde agosto de 2011. O resto - ampliação do novo pátio, saguão, torre de controle e nova fachada - segue com previsão de entrega até 2015, oito anos depois da data prometida pelo governo federal.

2014
O número de usuários cresce em um ritmo desproporcional ao desenvolvimento das obras do terminal. Enquanto de janeiro a setembro de 2011 mais de 2,3 milhões de pessoas passaram pelo terminal, em 2012 o número já era superior a 2,7 milhões. Um crescimento aproximado de 15,5%. Para piorar, pairam no ar suspeitas de desvios de verba pública e sobrepreço nos materiais comprados para a obra, que as empreiteiras contratadas para realizar o serviço ainda não explicaram ao Tribunal de Contas (TCU).

Dez-2013

Em 2008, depois de ser embargada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por supostos desvios de verba pública e sobrepreço nos materiais, a obra parou e as empreiteiras contratadas para realizar o serviço tiveram o contrato rescindido pela Infraero. Segundo a estatal que administra o aeroporto, no início de 2010, o TCU realizou uma fiscalização nas obras e não encontrou qualquer nova irregularidade. 

Em junho de 2012, o consórcio formado por Camargo Corrêa, Mendes Júnior e Estacon assinou um acordo preliminar para que a complementação e atualização dos projetos fossem retomadas em 130 dias. O Tribunal de Contas, por sua vez, solicitou das partes envolvidas mais informações. O processo ainda está tramitando no órgão e, caso seja aprovado, uma nova licitação não será necessária. Também ficou pendente a entrega do projeto executivo das pistas e do pátio de aeronaves, que seria feito pelo Exército. Caso a instituição não faça este trabalho, uma nova licitação será aberta.

Em abril de 2012, o superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Vitória, Altemar Lopes de Souza, confirmou, em entrevista à rádio CBN Vitória, que as obras ficariam prontas em 2015. Além de prometer encerrar os trabalhos no canteiro, ele anunciou uma série de melhorias, como a conclusão do projeto de ampliação do novo pátio, o ínicio das obras da nova torre do Corpo de Bombeiros e no saguão, além da construção da nova Torre de Controle e Grupamento de Navegação Aérea. A empresa esperava ainda terminar em 2013 a nova fachada.

Assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a atual comandante do país, Dilma Rousseff (PT), prometeu concluir as obras do Aeroporto de Vitória. A previsão de conclusão em 2012 era para o ano de 2013, já com a capacidade ampliada para 5,3 milhões de passageiros, movimento esperado para 2020. No novo aeroporto o estacionamento contará com 1,5 mil vagas, ainda de acordo com as modificações do projeto executivo. Paralisadas em julho de 2008, a retomada das obras precisavam do encontro das contas para que a equalização dos valores fosse alcançada.

Agora fala-se em novo Edital, nova Licitação, tudo novo de novo... menos o Aeroporto...

De concreto temos:

- Bilhões desviados
- Obras inacabadas
- Alagamento (dentro e fora) quando chove
- Salas incompatíveis com o movimento
- Vergonha dos capixabas!

Vamos investigar! Concordo plenamente!

(Dados e fotos retirados de matérias do Jornal A Gazeta)

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

NÃO VOTEI NA DILMA MAS...


Não votei na Dilma, todos sabem, mas isso não me impede de torcer, profundamente, para que seu governo seja melhor que o passado, que todas as falcatruas sejam investigadas e os culpados, independente de partido, sejam punidos.
Não votei na Dilma, mas Brasileira que sou, quero um País melhor, mais igualitário, mais justo, mais digno.
Não votei em Dilma, mas ainda acredito que podemos transformar o Brasil em uma Pátria melhor...
Não depende só dela... depende de nós!

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014


Nesses tempos eleições tenho visto, principalmente, pessoas que foram amigas por longo tempo, se afastarem por divergência política. 
Gente, respeitemos a opinião e o candidato alheio. Se o candidato por mim escolhido não é do seu agrado, ignore, não tente mudar minha opinião, não pense que sou ignorante por não ter a mesma opinião de outros. Como eu não comento e nem tento fazer ninguém mudar de opinião por não escolher o mesmo candidato que eu.
Respeito!
Política se faz com com respeito, debates de ideias, programas de governo.
E terminada a eleição, não vamos ficar chorando ou atacando aquele que perdeu.
Somos um só povo, um só Brasil.
Precisamos, sim, acatar a decisão da maioria e fazer o melhor de nós mesmos para que o governo do eleito dê certo, tenha êxito.
E tenhamos a serenidade necessária para aceitar aquele eleito e seus partidários, sem ironias, sem ataques desnecessários, também com respeito.
Amizade não se faz em esquinas, é construção de vida!

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

FRAGMENTOS


FRAGMENTOS

Autoria: Kátia Corrêa De Carli

Tentei buscar na memória
Alguma lembrança que me dissesse quem sou...
Mas as recordações se foram
E nem com todo esforço consegui.
Talvez os retratos me trouxessem
Os vestígios do que fui e fiz,
Mas as fotos amarelaram com o tempo
E nelas não me reconheci,
Procurei junto aos amigos antigos
Quem me respondesse, por fim;
Mas não os encontrei,
Em alguma curva da vida os perdi.
A "caixinha de tesouros", há tanto esquecida,
Foi ali que encontrei, afinal,
Uma pulseira sem fecho,
Um brinco sem par,
Um anel sem pérola,
O fragmento de um colar.
E num lampejo de lucidez e compreensão
A resposta lá estava,
Sou os pedaços recolhidos, um a um,
Depois de cada batalha.
Carinhosamente colados, remendados,
Formando esse todo imperfeito,
Tão cheio de defeitos... Mas um todo, enfim,
Quem sou?
Sou o fruto do que tinha de mais forte
E que a vida não conseguiu matar em mim.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

VITÓRIA, CIDADE PRESÉPIO - 463 ANOS

PELO ANIVERSÁRIO DA NOSSA ILHA



“...Quanto de história já destruímos ou permitimos que o tempo consumisse? Ou então mutilamos, utilizando o nosso equivocado conceito de modernidade?”  (Álvaro José Silva)  



“Por que teriam apelidado a nossa capital de cidade
presépio? Pelo seu tamanho? Pela sua apresentação completa, em que há pedaços de oceano maravilhosos, montanhas encantadoras e casas pequeninas trepando pelas encostas? Ou porque, na sua formação tudo se aglomera, acotovela, espremidamente, entre um braço de mar e contrafortes altivos, dando, de fato, a idéia de um presépio armado por mãos caprichosas? Na pequena ilha de Vitória há trechos de todos os tipos. Uns caracteristicamente modernos, onde se erguem prédios ousados, trazendo-nos em miniatura, lembranças de cidades americanas, cheias de edifícios gigantescos. Há trechos, também, evocando o nosso passado de terra colonizada por gente lusa vinda do velho Portugal. 
Apenas nós, assoberbados por preocupações e afazeres, não temos tempo ou paciência suficientes para observar com olhos calmos e prazerosos, as belezas que as nossas ruas oferecem.”

Jornal “A Gazeta”, edição de 29 de janeiro de 1950 in Vitória, a cidade que (não) conhecemos, Autora Kátia Corrêa De Carli 

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

CASAMENTO

Para Roberto e Danila


ENSINAMENTO
(Adélia Prado)

Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

O TEMPLO DO REI SALOMÃO

"O mítico Templo do Rei Salomão, a obra maior do bispo Edir Macedo, custo alegado de R$ 680 milhões, contudo, excede em muito o que já se viu. E marca, como se verá, um novo momento da igreja, repleto de importantes referências judaizantes e de homenagens ao Estado de Israel, entendido como o berço bíblico da tradição abrâmica. Denominações evangélicas americanas há décadas fazem o mesmo, no que já foi apelidado de “novo sionismo cristão”.


Meu Deus! Venho lendo a respeito deste Templo e pensando, como tanta gente pode ser enganada, ou acreditar num deus de suntuosidade, riqueza, luxo, ostentação... Mas esta reportagem (Tudo o que você queria saber sobre a inauguração do Templo do Rei Salomão, mas não tinha ninguém que lhe contasse ) me deixou boquiaberta! O que as pessoas fazem para se promover é uma coisa inacreditável! Esquecem que no momento final sempre será elas e Deus, sem intermediários... e quem prestará contas perante Ele? (Boquiaberta!)
Estamos vivendo um retrocesso religioso?
Alguém poderia me explicar (porque foge à minha compreensão do que seja Amor ao Próximo, Caridade, Amor a Deus, etc)?

quarta-feira, 30 de julho de 2014

DA SÉRIE SIMPLES ASSIM...


terça-feira, 29 de julho de 2014

A VIDA E A CARROÇA


Tem uma história que me acompanha há tanto tempo que não sei mais se li em algum lugar ou se fui eu mesma que inventei. Mas, apropriada ou não, hoje mandei-a para uma querida amiga e resolvi compartilhar com todos. Então, vamos lá: Quando nascemos, a Força Superior nos dá três grandes presentes - a vida, uma estrada e uma carroça. Assim começamos nosso caminho, percorrendo nossa estrada, que sempre será só nossa, embora em alguns momentos tenhamos outra estrada ao lado da nossa. E vamos em frente, colocando coisas, pessoas, sentimentos, recordações, alegrias, tristezas, mágoas, ressentimentos... e seguimos enchendo nossa carroça. Em alguns momentos da vida a estrada é reta e asfaltada, em outros há muita lama, buracos, em algumas épocas parece apenas uma trilha... A carroça, com o tempo, vai se enchendo e as rodas começam a ranger, fica pesado puxar a carroça, mas a gente não desiste e vamos em frente, até que um dia aparece uma grande pedra (seja uma doença, a perda de um ente querido, uma separação, uma mudança, etc.) e a roda da carroça se prende e a carroça vira. Tudo que carregamos cai! Sentamos desolados no meio do caminho... choramos, nos entristecemos, até nos desesperamos, mas a estrada é nossa responsabilidade e ela está à nossa espera, então temos que retomar o caminho e começamos a colocar nossas coisas na carroça. Mas, à medida que vamos pegando nossas coisas, pessoas, sentimentos, etc. descobrimos que estamos carregando muito peso inútil: são mágoas passadas, recordações tristes, pessoas que não nos acrescentam nada, energias negativas... daí começamos a selecionar o que realmente merece ser carregado por nós. Recarregamos nossa carroça e descobrimos o quanto ela está mais leve, mais bonita, arrumada!!! e vamos em frente enquanto a vida existir, carregando nossa carroça, seguindo na nossa estrada... até a carroça começar a ranger novamente e aparecer outra pedra... e tudo começa outra vez. 
Essa dádiva, de escolher o que colocar na carroça, é o maior presente que Deus nos deu.
É isso aí meus amigos... um dia suas carroças virarão! Só recoloquem nela o que realmente vale a pena... deixe o que não lhes servem para trás. Deus está dando uma grande oportunidade de arrumar novamente sua carroça!
Sejam felizes na caminhada! Um grande e fraterno abraço,
Kátia

domingo, 20 de julho de 2014

DESPEDIDAS

Essa semana o Brasil e o Mundo ficaram mais pobres... perdemos dois seres iluminados: João Ubaldo Ribeiro e Rubem Alves... meu coração de poeta chora, em silêncio, a despedida.


quarta-feira, 9 de julho de 2014

DAVID LUIZ E AS CRIANÇAS DO BRASIL


David Luiz e as crianças do Brasil

Meu querido menino David Luiz, se pudesse, gostaria de ter enxugado suas lágrimas hoje e dizer-lhe que você ensinou às crianças deste nosso Brasil umas das mais lindas lições de vida.
Ensinou que para vencer é necessário ter garra, obstinação, dedicação mas, ao mesmo tempo, ser humilde, alegre, otimista, educado, atencioso.
Parabéns aos seus pais Ladislau e Regina, eles lhe educaram para ser, antes de tudo, Homem, assim mesmo, com H maiúsculo, que sabe abraçar o companheiro, que faz careta, que chora, mas de cabeça erguida, com a certeza de que deu o seu melhor.
Aquelas crianças que pediam para que vocês ganhassem a Copa do Mundo para elas talvez não precisassem de vitória, precisassem sim, de exemplo e isso você deu sobra.
Não ignorou-as em nenhum momento, abaixou para olhá-las nos olhos e se diminuiu para que nenhuma delas se sentisse inferior;
Ao consolar James Rodriguez ensinou que esporte se disputa com adversários e não inimigos;
Você David Luiz, me faz orgulhar ainda mais do meu país.
Talvez, se tivéssemos mais jovens como você, não veríamos gente rasgando bandeiras, queimando ônibus, se digladiando como se ainda estivéssemos na idade da pedra.
Sabe meu querido menino, as crianças que pediram que vocês ganhassem não têm noção do quanto aprenderam com essa derrota.
Aprenderam que no jogo, como na vida, nem sempre ganhamos,
Aprenderam que para subir na vida não precisam menosprezar os mais fracos,
Aprenderam a respeitar os que em algum momento se mostram melhores preparados,
Espero que aprendam também, na disputa do terceiro lugar, que nenhuma batalha é inglória!
Parabéns David Luiz, você continua sendo exemplo e orgulho na nação que mora em meu coração.


Kátia Corrêa De Carli

quarta-feira, 4 de junho de 2014

INTOLERÂNCIA

Evangélicos mijam e queimam imagem de Nossa Senhora na região de Cajazeiras


É assim que aparece, em letras garrafais, a manchete no Portal Araçagi 
http://www.portalaracagi.com/2014/06/evangelicos-mijam-em-cima-de-nossa.html?fb_action_ids=662200087194622&fb_action_types=og.comments
É só uma imagem de gesso, alguns poderão dizer... e sim, é só uma imagem, mas o que incomoda é o gesto.

Os dicionários trazem que INTOLERÂNCIA  "é uma atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças em crenças e opiniões."
Já não sinto revolta quando vejo atitudes de intolerância de qualquer espécie, sinto é muita tristeza...

Diante de notícias como essa acima, pergunto-me: Até onde o ser humano precisa ir para se dar conta de que são exatamente as diferenças que nos completam?

Entristeço-me ao ver que em pleno século XXI ainda existem ignorantes (no sentido de não conhecer, de ignorar) que se deixam levar por pessoas medíocres que só querem se auto promover, aparecer na mídia, mostrar como são importantes pela quantidade de pessoas que conseguem manipular.

Entristeço-me porque tudo isso é desnecessário.

Não sou católica, mas me sinto agredida quando vejo tamanha estupidez!

Que Deus tenha piedade de todos nós, porque ainda não conseguimos espalhar a quantidade necessária de bem e amor a ponto de alcançar a humanidade.

Mas eu não desisto... ainda quero seguir espalhando amor e combatendo qualquer tipo de intolerância.

terça-feira, 3 de junho de 2014

BRASIL, COPA, NÓS, EU


Esta mensagem foi recebida na Federação Espírita Brasileira e, no meu humilde entendimento, é tudo que nós, brasileiros, precisamos saber nestes tempos de tantos conflitos. Se você puder, lei-a!

PRUDÊNCIA

Aquietemo-nos! Relembram os Instrutores Espirituais.
A transição recomenda prudência.
A Pátria do Cruzeiro, com a responsabilidade de representar a fraternidade na Terra, está
diante dos olhos do Mundo que aproveitando a ocasião dos jogos redescobre o Brasil.
Colocamo-nos, nesse momento, à disposição dos benfeitores, para pedir as bênçãos para
nossa gente, para nossa terra, para nosso torrão Natal. E percebemos o cuidado dos Espíritos Nobres que representam os Pais da Pátria, para zelar pelo equilíbrio, pela prudência e pela ordem.
Os benfeitores nos recomendam prudência. Aquietarmos antes de acelerarmos; paciência,
antes que a preocupação maior; oração, antes que o receio.
Os nossos Amigos Maiores pedem que nos habituemos nesses dias: amanhecer orando pela
Pátria; durante o dia, mentalizar a paz na Pátria; ao adormecer, orar pelo equilibro da Pátria, porque o mundo espiritual nobre, certamente, cuidando de nós, cria as condições de defesa para que os acontecimentos ocorram com equilíbrio, para que a ordem não se deixe vencer pela desordem, para que a prudência nos conduza com equilíbrio à condução do processo das mudanças necessárias.
Os irmãos infelizes, acostumados à balburdia, à desordem no mundo espiritual inferior,
querem aproveitar, também, no seu trabalho organizado, chamar atenção do mundo, para
desmoralizar o grande Programa de Jesus para o Brasil.
Por isso, em nome deles, nós queremos pedir aos nossos companheiros o hábito da oração
em favor da paz.
Teremos, certamente, preocupações graves que devem esperar de nós e receber das nossas orações o testemunho do equilíbrio, para que as forças do mal não encontrem espaço também em nós.
Os espíritas conhecedores desses acontecimentos, da ação dessas criaturas infelizes, nossos irmãos, devemos estar conscientes de que representamos elos da grande corrente da Bondade que protege o grande programa que o Cristo de Deus colocou nas mãos do povo Brasileiro.
Estejamos, pois, meus irmãos, atentos, não sejamos aqueles que multipliquem as más
informações e notícias, mas asserenados, aquietados, nos liguemos aos benfeitores, nesse momento importante, para que possamos transmitir para o Mundo inteiro a nossa gente tão boa, a expectativa de um ambiente de paz e de um povo ordeiro e generoso, e sobretudo Cristão.
Orando juntos, estaremos ligando as forças vivas da bondade, que emana do coração do
nosso mestre, o Cristo de Deus, estaremos oferecendo aos nossos dirigentes encarnados, aqueles homens e mulheres que têm a incumbência de zelar pelo equilíbrio e pela orientação política, econômica, social do Brasil, para que os acontecimentos, que possam ocorrer, não perturbem a generalidade da Nação, e para que o programa do Cristo se faça maior do que os transtornos, e para que, de um modo geral, todos nós contribuamos para a paz.
Mantenhamo-nos aquietados, confiantes, vigilantes e orando, entregando-nos às mãos
santíssimas de Jesus de Nazaré.
O Anjo Ismael, aqui, na Federação Espírita Brasileira, organizou programa de trabalho
intenso, com os espíritos que representam os dirigentes espirituais do Brasil, para estabelecer nos pontos estratégicos, em Brasília, nas demais cidades importantes do País, as defesas geradas, necessárias para a vigilância e para que a ordem não se perturbe.
Não tenhamos receios, confiemos atentos.
Os momentos políticos que vive o planeta não têm como não refletir no Brasil, e
representando o foco do Mundo nesses dias é importante que estejamos aqui na nossa Casa, oferecendo o melhor ambiente vibratório de beleza espiritual, para que o Anjo Ismael possa cumprir, com o apoio dos Espíritos Nobres, o programa de Jesus.
Os momentos recomendam prudência, como dizíamos, e cuidado.
Oremos meus irmãos e mantenhamo-nos em paz.
Que Jesus abençoe a Pátria que amamos, que o Cristo de Deus ilumine as consciências das
nossas autoridades, que os ambientes dos jogos sejam protegidos pelas forças da luz, e que a nossa certeza na condução dessas energias nobres faça de nós também instrumento da paz.
Que o Cristo de Deus nos abençoe, abençoe a Federação Espírita Brasileira, abençoe o nosso País, e nos inclua no grande programa dos trabalhadores do Bem.
Abraço-vos, fraternalmente,
 José do Patrocínio.


(Degravação de psicofonia pelo médium João Pinto Rabelo, na reunião do Grupo de Assistência e Apoio aos Povos da África, na sede da FEB, no dia 10 de maio de 2014)

terça-feira, 27 de maio de 2014

O POEMA QUE NÃO ESCREVI

Esse poema foi publicado em 2004 pela minha querida amiga Nora Borges e, na hora que li, identifiquei-me tanto que foi impossível não perguntar: Por que não fui eu que fiz?
Ele é tão lindo que, dez anos depois, mesmo sem autorização da autora (que há de me perdoar) resolvi compartilhar com vocês.



COISAS DE AMOR

Autora: Nora Borges

Hoje eu queria te dar mil beijos, satisfazer teus desejos, te mostrar que sou teu par.
Hoje eu queria te fazer bem pela vida afora…
Te dar O Amor nos Tempos do Cólera para lermos juntos, um dia, na rede do invernadeiro.
Queria te contar mil estórias.
Te fazer rir até a boca doer. Até você se jogar num chão de areia branquinha e ficar soluçando de riso desperdiçado, espalhado, expandido, os braços abertos, a cabeça em meu colo até dormir de cansado…
Queria te fazer contente, como em dia de aniversário ou dia dos namorados, ou dos natais da infância.
Te dar meus sorrisos cheio de covinhas, meu colo macio, meu alento.
Queria te dar, numa cesta de vime, mil presentes: um adágio de Bach, duas estrelas cadentes, um prato de camarões vermelhos lá do bar da velha Beata, perto daquele rio…
Um por do sol rosado, incandescente, por trás das casuarinas. Daqueles bem demorados, por causa dos dias tristes…
O melhor banho de chuva do mundo, na Estrada Real do Poço, pulando com os dois pés na maior poça da rua, nós dois molhados até os ossos. Gargalhando… gargalhando…
Um abraço no meu Baobá, que só eu sei que é meu… e onde está.
Uma taça de vinho tinto, para esquentar o coração.
Ingressos para o festival de ópera de Verona, com estadia em Veneza… tudo grátis… tudo grátis!
Um sorvete de casquinha, o sabor você escolhe: cajá, pinha, pitanga?
Um algodão doce crequento, daquele antigo, feito em bacia. Parece nuvem…parece nuvem!
Limpar-nos os rostos a beijos doces.Tão doces!
Um Aleph, no décimo nono degrau de alguma escada, porque o J.L.Borges disse que se vê toda a vida e tudo em um mísero e rápido olhar…
Uma lua nascendo enorme, para você agradecer à vida.
Um búzio grande e rosado para voce ouvir o mar, qualquer mar que recorde… chuam! chuam!
Um caleidoscópio de lata, que faz txim..txim quando você o gira e vê mil formas coloridas. E você ri como doido. E descobre como é bom rir como doido.
Toda a alegria que couber em você e o que derramar, você distribui por aí.
Uma caixinha de biscoitos da sorte. Cada um com uma mensagem de boa ventura. E se sentarmos para comer tudo de uma vez, teremos toda a sorte da vida num só dia…
Uma fogueirinha com todas as mágoas e maldades que a vida tenha deixado em você. E com a fumaça, o esquecimento. Assim faziam os índios, não?
Duas lembranças gostosas por dia, daquelas que fazem a gente ficar com o olhar fixo e perdido, um meio sorriso nos lábios e …depois um longo e ruidoso suspiro.
Uma lata grande de paz, mas só abra de vez em quando. Na natureza profunda, muita paz é como a morte. É preciso alguma forma de sofrimento, alguma dor de saudade para gente saber vale a pena estar vivo…” Mesmo uma pedra é uma dança de elétrons.” li em algum lugar. Nunca esqueci.
Então… ponho um vidro grande de lágrimas quentes, para o caso de precisar…
É preciso que dance sua música… e às vezes ela pode ser triste.
Mas também ponho uma cartola com o fundo falso e lenços coloridos, para você fingir de Mandrake… palmas! palmas!
E um papagaio que fale mil e uma sacanagens, para você embolar de rir, mesmo já sabendo delas todas.
Também tem uma caixinha com vários tipos de silêncios, para você escolher aquele que mais precise…
Ah! e dez noites seguidas de sono perfeito. E quantas quiser de amor bem feito…
Uma cortina de longos e castanhos cabelos, para vestir seu corpo de arrepios. Um par de olhos molhados, pedintes, entregues. Uma boca de lábios sedentos… e mil beijos de borboleta.
Um sonho bom como se fosse verdade.
Uma verdade que parece um sonho.
Um mar com um arco-iris…

E todo o amor da mulher que você escolheu para amar.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

AINDA CLARICE - PERDOANDO DEUS

PERDOANDO DEUS

Clarice Lispector

Texto publicado no Jornal do Brasil em 19/9/1970 e depois no livro "A descoberta do mundo".


Eu ia andando pela Avenida Copacabana e olhava distraída edifícios, nesga de mar, pessoas, sem pensar em nada. Ainda não percebera que na verdade não estava distraída, estava era de uma atenção sem esforço, estava sendo uma coisa muito rara: livre. Via tudo, e à toa. Pouco a pouco é que fui percebendo que estava percebendo as coisas. Minha liberdade então se intensificou um pouco mais, sem deixar de ser liberdade.

Tive então um sentimento de que nunca ouvi falar. Por puro carinho, eu me senti a mãe de Deus, que era a Terra, o mundo. Por puro carinho mesmo, sem nenhuma prepotência ou glória, sem o menor senso de superioridade ou igualdade, eu era por carinho a mãe do que existe. Soube também que se tudo isso "fosse mesmo" o que eu sentia - e não possivelmente um equívoco de sentimento - que Deus sem nenhum orgulho e nenhuma pequenez se deixaria acarinhar, e sem nenhum compromisso comigo. Ser-Lhe-ia aceitável a intimidade com que eu fazia carinho. O sentimento era novo para mim, mas muito certo, e não ocorrera antes apenas porque não tinha podido ser. Sei que se ama ao que é Deus. Com amor grave, amor solene, respeito, medo e reverência. Mas nunca tinham me falado de carinho maternal por Ele. E assim como meu carinho por um filho não o reduz, até o alarga, assim ser mãe do mundo era o meu amor apenas livre.

E foi quando quase pisei num enorme rato morto. Em menos de um segundo estava eu eriçada pelo terror de viver, em menos de um segundo estilhaçava-me toda em pânico, e controlava como podia o meu mais profundo grito. Quase correndo de medo, cega entre as pessoas, terminei no outro quarteirão encostada a um poste, cerrando violentamente os olhos, que não queriam mais ver. Mas a imagem colava-se às pálpebras: um grande rato ruivo, de cauda enorme, com os pés esmagados, e morto, quieto, ruivo. O meu medo desmesurado de ratos.

Toda trêmula, consegui continuar a viver. Toda perplexa continuei a andar, com a boca infantilizada pela surpresa. Tentei cortar a conexão entre os dois fatos: o que eu sentira minutos antes e o rato. Mas era inútil. Pelo menos a contigüidade ligava-os. Os dois fatos tinham ilogicamente um nexo. Espantava-me que um rato tivesse sido o meu contraponto. E a revolta de súbito me tomou: então não podia eu me entregar desprevenida ao amor? De que estava Deus querendo me lembrar? Não sou pessoa que precise ser lembrada de que dentro de tudo há o sangue. Não só não esqueço o sangue de dentro como eu o admiro e o quero, sou demais o sangue para esquecer o sangue, e para mim a palavra espiritual não tem sentido, e nem a palavra terrena tem sentido. Não era preciso ter jogado na minha cara tão nua um rato. Não naquele instante. Bem poderia ter sido levado em conta o pavor que desde pequena me alucina e persegue, os ratos já riram de mim, no passado do mundo os ratos já me devoraram com pressa e raiva. Então era assim?, eu andando pelo mundo sem pedir nada, sem precisar de nada, amando de puro amor inocente, e Deus a me mostrar o seu rato? A grosseria de Deus me feria e insultava-me. Deus era bruto. Andando com o coração fechado, minha decepção era tão inconsolável como só em criança fui decepcionada. Continuei andando, procurava esquecer. Mas só me ocorria a vingança. Mas que vingança poderia eu contra um Deus Todo-Poderoso, contra um Deus que até com um rato esmagado poderia me esmagar? Minha vulnerabilidade de criatura só. Na minha vontade de vingança nem ao menos eu podia encará-Lo, pois eu não sabia onde é que Ele mais estava, qual seria a coisa onde Ele mais estava e que eu, olhando com raiva essa coisa, eu O visse? no rato? naquela janela? nas pedras do chão? Em mim é que Ele não estava mais. Em mim é que eu não O via mais.

Então a vingança dos fracos me ocorreu: ah, é assim? pois então não guardarei segredo, e vou contar. Sei que é ignóbil ter entrado na intimidade de Alguém, e depois contar os segredos, mas vou contar - não conte, só por carinho não conte, guarde para você mesma as vergonhas Dele - mas vou contar, sim, vou espalhar isso que me aconteceu, dessa vez não vai ficar por isso mesmo, vou contar o que Ele fez, vou estragar a Sua reputação.

... mas quem sabe, foi porque o mundo também é rato, e eu tinha pensado que já estava pronta para o rato também. Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. É porque eu não quis o amor solene, sem compreender que a solenidade ritualiza a incompreensão e a transforma em oferenda. E é também porque sempre fui de brigar muito, meu modo é brigando. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É porque no fundo eu quero amar o que eu amaria - e não o que é. É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. É porque sou muito possessiva e então me foi perguntado com alguma ironia se eu também queria o rato para mim. É porque só poderei ser mãe das coisas quando puder pegar um rato na mão. Sei que nunca poderei pegar num rato sem morrer de minha pior morte. Então, pois, que eu use o magnificat que entoa às cegas sobre o que não se sabe nem vê. E que eu use o formalismo que me afasta. Porque o formalismo não tem ferido a minha simplicidade, e sim o meu orgulho, pois é pelo orgulho de ter nascido que me sinto tão íntima do mundo, mas este mundo que eu ainda extraí de mim de um grito mudo. Porque o rato existe tanto quanto eu, e talvez nem eu nem o rato sejamos para ser vistos por nós mesmos, a distância nos iguala. Talvez eu tenha que aceitar antes de mais nada esta minha natureza que quer a morte de um rato. Talvez eu me ache delicada demais apenas porque não cometi os meus crimes. Só porque contive os meus crimes, eu me acho de amor inocente. Talvez eu não possa olhar o rato enquanto não olhar sem lividez esta minha alma que é apenas contida. Talvez eu tenha que chamar de "mundo" esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo se não posso amar o tamanho de minha natureza? Enquanto eu imaginar que "Deus" é bom só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu, que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu, que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu, que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável do que eu, eu estava querendo me compensar de mim mesma com uma terra menos violenta que eu. Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.