quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ENCHENTE EM AFONSO CLÁUDIO - PARTE 3










A forte tempestade que caiu sobre o município de Afonso Cláudio na tarde desta terça-feira (28) provocou o transbordamento do Rio Guandu, que atravessa o centro, bairros e comunidades rurais. Logradouros públicos, residências e estabelecimentos comerciais foram evacuados com urgência.

O prefeito de Afonso Cláudio, Wilson Berger Costa deverá, possivelmente, decretar estado de emergência no município. Ele contou que as chuvas torrenciais nas cabeceiras do Rio Guandu é que provocaram novamente a enchente na cidade no ano passado.

Embora em proporções ligeiramente inferiores à cheia de 2009, neste ano as água provocaram fortes correntezas e invadiram centenas de residências, conforme Berger. Os proprietários, segundo o prefeito, haviam sido alertados horas antes da enchente por um grande grupo de moradores voluntários, que se juntaram ao setor de Defesa Civil e Polícia Militar.

“Não sabemos ainda o número de famílias desalojadas, mas passam de 100”, disse o prefeito lembrando que todos ocupam ginásios de esportes e escolas do centro e outros imóveis públicos. Ele ressalta que os bairros Boa Fé e Itapoã, além do centro de Afonso Cláudio são os mais atingidos.

O comerciante Gildásio Tonoli, morador de Afonso Cláudio, informou que o alerta à população foi fundamental para que os comerciantes e a população geral pudessem se precaver e evitar mais prejuízos. “Foi um trabalho de equipe bem montado, altamente profissional, que evitou prejuízos e catástrofes como ocorreu no ano anterior”, disse Tonoli. De acordo com o soldado Sandro, da 2ª Companhia Independente de Polícia Militar, as águas do Rio Guandu tomaram grandes proporções muito rapidamente e invadiram as ruas, avenidas, comércios e residências de Afonso Cláudio. “Sorte da população que foi alertada e imediatamente providenciou segurança”, afirmou o militar.

Fonte: http://www.folhavitoria.com.br

Imagens: Prefeitura Municipal de Afonso Cláudio - Divulgação

ENCHENTE AFONSO CLAUDIO 29 DEZEMBRO 2010 - Parte 2

ENCHENTE AFONSO CLAUDIO 29 DEZEMBRO 2010


Mais uma vez os moradores de Afonso Cláudio passaram a madrugada desta quarta-feira (29) acordados retirando os movéis de casa para evitar mais prejuízos devido à enchente. Por volta da meia noite os moradores foram para as ruas após a polícia passar pelas casas pedindo prevenção a todos, pois o rio estava subindo e os riscos de alagamentos eram altos.

Os moradores com medo de perderem tudo, como na enchente do ano passado, se comunicavam com os vizinhos para alertar sobre a cheia do rio. Muitos se uniram nas ruas e ajudaram as famílias que retiravam seus móveis e tentavam colocá-los em um local seguro. Durante toda a madrugada, os moradores puderam contar com o auxílio da rádio da cidade que informava sobre a situação em todas as regiões.

Com essas informações, era possível saber quem estava precisando de ajuda e buscar a melhor forma de solucionar o problema.

Na manhã desta quarta (29) a água do rio Guandu já baixou no município e carros da prefeitura estão fazendo a limpeza, retirando a lama e a sujeira das ruas.

RECEITA DE ANO NOVO

Receita de ano novo


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.



Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Também trabalhou como tradutor de autores estrangeiros como: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

PODERIA SE CHAMAR AUTO RETRATO, POR MIM


Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida
A minha face?



Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatro filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides.
Escreveria mais tarde:

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."

Diploma-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, e passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.
Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.
Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem teve três filhas: Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos.
Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se, em 1940, com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.
Com mais de 60 livros publicados, considerava sua obra principal o livro infantil Olhinhos de Gato, baseado na própria vida em que conta sua infância depois da morte da mãe e cono foi criada pela avó (personagem Boquinha de Doce, no livro).
Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

Ilustração: Auto retrato

PS: Perdão pela ausência, principalmente à Vanuza... os tempos andam difíceis...

domingo, 28 de novembro de 2010

QUANDO ESTIVE MAIS PERTO DE DEUS

Santibañez de Valdeiglesias - Espanha


Em vários momentos achei que estava bem pertinho de Deus.
Alguns posso citar sem grandes esforços para a memória: o nascimento dos meus filhos, as doenças que levaram meus pais e pessoas a quem amo, na iminência da morte.
Ele nunca me falhou! E isso me fazia lembrar daquele texto lindo, divulgado em todas as religiões, intitulado "Pegadas na Areia", que por sinal não se trata de autor desconhecido, pertence a Margareth Fishback Powers e tem uma história linda que pode ser conferida no site "Vem Espírito Santo, Vem". Quando as coisas ficavam muito difíceis, lembrava-me daquela passagem em que diz:

- Senhor, Tu me disseste que uma vez que eu resolvi Te seguir,
Tu andarias sempre comigo, todo o caminho.
Mas notei que durante as maiores dificuldades do meu viver havia na areia dos caminhos da vida, apenas um par de pegadas.
Não compreendo Senhor porque nas horas que mais necessitava de ti
Tu me deixastes.
Tu me abandonastes.
- Minha preciosa filha.
Eu te amo e jamais te deixaria
nas horas da tua provação e do teu sofrimento.
Quando vistes na areia apenas um par de pegadas,
foi exatamente aí que:
EU TE CARREGUEI EM MEUS BRAÇOS !!!

Porém existem momentos que, por mais que acreditemos que Ele não nos desampara, ao olharmos para trás não vemos nenhuma pegada. Ao olharmos para frente, não vemos perspectivas.
Nossos sonhos se desfizeram como algodão doce!
Lágrimas não lavam a alma nem alentam um coração ferido.
Ao passar por esse momento, que está se mostrando tão difícil e dolorido, lembrei-me, também, de um texto (alguns chamam de Oração da Serenidade) e resolvi, então, postá-la para ver se traz luz para que eu não cometa equívocos e sofrimentos desnecessários!
Para quem sabe?, encontrar um pouco de paz.
A Oração da Serenidade foi escrita pelo teólogo protestante Reinhold Niebuhr que viveu de 1892 até 1971 e trabalhava no Union Theological Seminary, nos Estados Unidos da América.

Oração da Serenidade

Concedei-me, Senhor
A serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar;
Coragem para modificar aquelas que posso;
e Sabedoria para conhecer a diferença entre elas.
Vivendo um dia de cada vez;
Desfrutando um momento de cada vez;
Aceitando que as dificuldades constituem o caminho à paz;
Aceitando, como Ele aceitou, este mundo tal como é, e não como Ele queria que fosse; Confiando que Ele acertará tudo contanto que eu me entregue à Sua vontade;
Para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e supremamente feliz com Ele eternamente na próxima.
Amém.

Espero que Ele esteja, neste momento, principalmente comigo, para evitar sofrimentos e dores desnecessárias.
Que a Sua paz esteja em todos os nossos corações!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CARTAS DE AMOR





Caros amigos,

Depois do sucesso do primeiro show, é com muita alegria que o Grupo Bem convida a todos para opróximo, que se realizará no Teatro do SESI, em Vitória, no próximo dia 04/12, às 20h.

O show, intitulado Cartas de Amor, é uma homenagem ao "carteiro" Chico Xavier e apresenta músicas de sucesso dos CDs Estrela Reluzente e Força do Bem, assim como as composições realizadas em comemoração ao centenário do médium mineiro, algumas delas já divulgadas na internet através do Blog do Emees (http://www.feees.org.br/emees).

Os ingressos podem ser adquiridos por R$12 e R$6 (meia) na livraria da FEEES ou com os integrantes do grupo, que estarão visitando as principais casas espíritas da Grande Vitória nos próximos dias.

Também podem pedir por aqui, que daremos um jeito de entregar!

Então, recapitulando:

Show do Bem
Dia 04/12, sábado
às 20h
Teatro do SESI, Jardim da Penha - Vitória
R$12 e R$6 (meia)

Nos encontramos lá,

domingo, 7 de novembro de 2010

FUI SOTERRADA POR E-MAILS



Tudo começou quando adoeci.

Sem disposição e condições de acessar meus e-mails, a caixa de entrada foi enchendo, enchendo e quando eu fui ver tinha mais de duas mil mensagens sem ler.

Tentei, de todas as formas, colocar as mensagens em dia. Jurei que todos os dias iria ler as mensagens do dia e mais umas dez das atrasadas.

Não consegui.

A cada dia chegavam mais mensagens e eu não conseguia nem ler as do dia.

Daí deixei de lado e passei a ler as que interessavam. Criei uma pasta – “ler um dia” - e coloquei mensagens que conhecia o remetente e cujo assunto poderia me interessar, e fui deixando as outras.

Hoje eu tenho, exatamente, 3.569 mensagens sem ler. Isso sem contar a pasta de spam!

Dias desses resolvi dar uma “olhada” nos assuntos.

Ofertas de todo tipo: celulares por 699, geladeira a 2998, 159 o kit de casal, puffs por 39,90...

Promoções, as mais diversas: livros, bijuterias, jóias, remédios, som automotivo, etc.

Mas o que me chamou a atenção foram os cursos.

Um me oferecia, gratuitamente, curso de ator, bastava "clickar" num determinado link e mandar o convite para 20 amigos.

Outro, intitulado “Por que aumentar sua autoestima” trazia uma série de artigos, entre eles “FOGO ACESSO – Mulher de 75 anos, casada, bem resolvida financeiramente, tem amante de 35. Por que não?”, e eu só fiquei no “aé??? O que que eu tenho com isso?

Tinha um cujo assunto era “localização de celular”. Alguém dizendo-se “Advogado Virtual” se oferecia para localizar “pessoas, documentos, endereços/telefones residencial e comercial, emails, parentes e vizinhos” por apenas 69,00.

Sem contar um, diretamente da Suíça, me oferecendo um legítimo Rolex.

Até aí tudo bem, fui olhando, deletando.

Mas me deparei com um que me tirou do sério. Assunto: “Procedimentos para aumentar seu pênis”. Uma vez que não possuo tal órgão, será que pensaram que me interessaria aumentar o pênis do meu marido? Ou, talvez, seriam ensinamentos para uma próxima encarnação? Ou será que queriam me arregimentar como multiplicadora? Que interesse tenho eu em aumentar o pênis de quem quer que seja?

Depois desta, deletei tudo. Sei que ao final do mês terei mais de uma centena de e-mails sem ler, é uma vitória momentânea, pois nessa batalha inglória, os e-mails sempre ganham.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

ENCONTROVERSO


Convido-os, com a permissão dos organizadores, em especial minha amiga Alê Marques. a participarem desta nossa edição do ENCONTROVERSO.
Palco aberto aos que fazem verso e música!
Tempo de apreciarmos a poesia e música capixabas, por gente de fora do circuito!
É bom demais!
Lá estarei com os meus poemas.

Serviço:
Local: Jardim Secreto - Rua Moacir Avidos, mais próximo do Aterro, Praia do Canto, Vitória -ES
Horário: a partir de 20:00 h

Apareceram e deliciem!
beijos

domingo, 31 de outubro de 2010

Trailer Show - Grupo BEM


Apenas para dar um gostinho...
Esses meninos são muito bons!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

GRUPO BEM

GRUPO BEM (Lion Padilha, Joana Bentes, Rafael Vicentini, Gabriela De Carli, Vinicius de Oliveira, Nathalia Figueiredo, Paulinho)

Alegria e agradecimento a todos os presentes

Minha obra-prima


E foi um sucesso...
Ficou aquele gostinho de quero mais,
A certeza que estão na direção certa.
Que a caminhada é longa,
Que se tem que apreciar o caminho
Sem se importar muito com a chegada.
Esses "meninos" merecem meu respeito,
Apoio,
Amor.

Grupo Bem - My Space
Grupo Bem - Orkut

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

SHOW DO GRUPO BEM


Grupo espírita de música realiza show esse fim de semana no teatro do marista

O Grupo Bem – Bálsamo do Espiritismo em Música – apresentará no próximo domingo (24/10), às 20:30h, o Show Cartas de Amor, no Teatro Marista, em Vila Velha - ES. O show é uma homenagem ao médium mineiro Chico Xavier e contará com a participação do músico Denis Soares, de Juiz de Fora (MG).

Com três CDs lançados e milhares de cópias vendidas em todo o Brasil, o grupo, que antes era conhecido como Equipe de Música DIJ/FEEES, apresenta numa roupagem pop, de forte apelo entre o público jovem, composições próprias que falam de valores espíritas e cristãos como o perdão, a caridade, a reencarnação, a mediunidade e a lei de ação e reação.

O Show do Grupo Bem encerrará as atividades locais da Semana Nacional de Arte espírita, evento organizado pela Associação Brasileira de Artistas Espíritas (ABRARTE) nas principais cidades brasileiras. Trata-se de apresentações de música, teatro, dança, além de palestras e seminários realizados simultaneamente nas cidades participantes.

Apesar de pouco conhecida do grande público, a arte espírita, em especial a música, vem se firmando ao longo dos anos. Há grupos e artistas que atuam há mais de vinte anos em todo o Brasil, como o músico Moacyr Camargo, que recentemente esteve em turnê por diversas cidades de Portugal, ou ainda o Grupo Arte Nascente, de Goiás, reconhecido e premiado por seus trabalhos de arte junto a orfanatos, escolas e presídios, em defesa da vida.

No Espírito Santo, o Grupo Bem já atua há mais de cinco anos dentro e fora do movimento espírita. O show do próximo domingo soma-se às diversas homenagens prestadas a Chico Xavier no ano de seu centenário de nascimento e reúne canções dos três primeiros CDs do grupo, além de antecipar algumas do disco que será lançado no ano que vem. Algumas dessas músicas podem ser conferidas no site: http://www.myspace.com/grupobem

Os ingressos podem ser adquiridos por R$12 e R$6 (meia) com os integrantes do grupo, nas principais casas espíritas, na livraria da Federação Espírita do Estado ou na bilheteria do Teatro Marista, em Vila Velha.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

PROCURA



Ela saiu do hotel sem explicações e sem olhar para trás.

Mesmo porque nem mesmo sabia para onde ia.

Caminhava tranqüila, passos firmes, porém lentos, em contraste com a multidão que passava a largos passos a seu lado.

Ela não tinha pressa.

A única coisa que queria era percorrer cantos, recantos e no olhar de encanto já esquecido, encontrar o que só ela sabia que perdera há anos, muitos anos atrás.

E assim foi.

Parques, avenidas, cinema, em cada pedacinho olhava atenta para ver se encontrava.

No seu olhar não havia mais tristeza nem lágrimas.

Olhar seco de mulher vivida, olhos límpidos, sem mágoas.

Sentou num banco do parque, relembrou as histórias que ouviu. Relembrou, palavra por palavra, de quando ouvira pela primeira vez sobre o Dia do Perdão.

Nesses anos ela aprendera a perdoar.

Porém, o perdão mais difícil, ela só conseguiria se encontrasse o que perdeu nessa cidade dantes desconhecida.

Não adiantou.

Por mais que relembrasse, andasse, procurasse... não encontrava.

Desistiu.

Viveria assim, sem aquela parte tão especial que havia, sem se dar conta, deixado escapar.

Arrumou a valise.

Pagou a conta do hotel. (Sempre o mesmo hotel!)

Tomou o táxi e encaminhou-se para o aeroporto.

Somente lá se deu conta que era um lugar que não havia procurado.

Despachou a valise.

Subiu um andar.

Entrou na capela.

E encontrou...

No ato de perdoar a si mesma, achou a alma que, por amor, havia perdido.

domingo, 3 de outubro de 2010

HORÓSCOPO


Para começar quero deixar bem claro que eu não acredito em horóscopo!

Estamos conversados?

Não que eu tenha algo contra os astrólogos e suas previsões, mas não dá para imaginar que 1/12 da população mundial vai passar pelas mesmas alegrias e perrengues neste ou naquele dia ou mês.

Então, para mim, tem que ser algo personalizado do tipo Mapa Astral, porque sei que só eu nasci na minha cidade naquela terça-feira de carnaval, à 01h00min hora da madrugada, enquanto todos brincavam no clube. Então, se faço um mapa astral, sei que as casas, linhas, planetas, regências vão ser exatamente para a minha pessoa.

Mas horóscopo de jornal, de revista, etc. isso é conversa pra boi dormir.

E por falar em dormir, estando eu, sem sono, peguei uma revista, ao acaso, na pilha de revistas não lidas... é que eu tenho outra pilha, de revistas lidas, mas que ainda vou rever para recortar alguma coisa (sim, carrego a mania de adolescente de recortar revistas, só que não recorto mais Jerry Adriani, Marcelo Mastroiani, Ronnie Von, agora recorto dicas de filmes, livros, restaurantes, cidades e por aí vai).

Mas voltando ao assunto, olhei na lombada e vi que a Marie Claire era de setembro. Guardem bem essa informação: setembro! E nós estamos em outubro.

Comecei pelas dicas de novidades dos grandes centros, restaurantes que nunca vou frequentar, boates que nunca vão me ver, livros legais, me encantei com uma pulseira que custa a bagatela de R$ 13.100,00 – gente, será que eles acreditam que nós, pobres mortais que assinamos Marie Claire, Claudia, etc. temos dinheiro sobrando para comprar uma pulseira que vale uma viagem? Ou uma Chutch com madrepérola por R$ 1.147,00? Não me xinguem... eu sei o que é Chutch porque tinha foto (rs) – é uma dessas micro carteiras, durinhas, quadradinhas, sem alça, beeemmmm pequenininhas.

Passei direto na seção de moda porque a moda de hoje é só para gente magra, menos de 30 anos. Nós, pobres mulheres normais, não somos gordas, somos normais, ninguém se lembra da gente, mas esquecem que quem tem o dinheiro somos nós. Azar deles!

E no pula uma entrevista, lê outra matéria, deparei-me com a seção de Horóscopo. Daí comecei a ler e a me preparar para “Mercúrio, retrógrado até o dia 21, e Sol, até o dia 23, na sua vida afetiva aprontarão diferenças”. Arrepiei os cabelos:lá vem problema... mas surgiu uma questão:

Alguém sabe o que quer dizer RETRÓGRADO em horóscopo? Já repararam que tem sempre um retrógrado no seu horóscopo? Eu imagino alguma coisa assim como atrasado e sigo em frente. Mas aqui não posso registrar minha ignorância, portanto, segundo o site http://www.dicionarioinformal.com.br significa:

1 Que se opõem ao progresso; reacionário

2 sm Aquele que é aferrado à rotina; ou às ideias antigas, e portanto inimigo do progresso

3 Astr. Diz-se do movimento que parece executar-se em oposição ao signos celestes, ou de oriente para ocidente

Continuo não entendendo direito, mas não importa, o que importa foi que eu me dei conta que estava lendo horóscopo, atrasado, sem acreditar, e me preparando para o tal movimento retrógrado!

Daqui há pouco vou estar lendo bula de remédio!

Minha decadência foi tanta que me lembrei de um amigo, jornalista, na década de 70, plena ditadura, quando o jornal de oposição era "O Diário" (que por sinal foi por lá que começou a Miriam Leitão) e nós morávamos bem em frente, no final da rua Sete e, volta e meia, tinha batida policial para apreender as edições e era um Deus nos acuda... mas esse amigo, um dia, estando meio amuado, perguntei o que estava acontecendo e ele me disse que tinha feito uma matéria que não agradou muito e de castigo estava na seção de horóscopo. Como assim se ele nem sabia onde ficava o céu quando fumava uns baseados? Então ele me disse: É fácil, a gente tem uma gaveta com um monte de previsão, cada dia escolhe uma...

Foi quando desencantei com os horóscopos!

Acudam-me que estou tendo uma recaída.

Aceito sugestões!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

ÀS SEIS DA TARDE

Às Seis da Tarde

às seis da tarde
as mulheres choravam
no banheiro.
não choravam por isto
ou por aquilo
choravam porque o pranto subia
garganta acima
mesmo se os filhos cresciam
com boa saúde
se havia comida no fogo
e se o marido lhes dava
do bom
e do melhor.
Choravam porque no céu
além do basculante
o dia se punha
porque uma ânsia
uma dor
uma gastura
era só o que sobrava
dos seus sonhos.
agora às seis da tarde
as mulheres regressam do trabalho
o dia se põe
os filhos crescem
o fogo espera
e elas não podem
não querem
chorar na condução.

Autora: Marina Colasanti

Marina Colasanti nasceu em Asmara (Etiópia) em 1937, chegou ao Brasil em 1948 e sua família se radicou no Rio de Janeiro. Entre 1952 e 1956 estudou pintura com Catarina Baratelle; em 1958 já participava de vários salões de artes plásticas, como o III Salão de Arte Moderna. Nos anos seguintes, atuou como colaboradora de periódicos, apresentadora de televisão e roteirista. Em 1968, foi lançado seu primeiro livro, Eu Sozinha; de lá para cá, publicaria mais de 30 obras, entre literatura infantil e adulta. Seu primeiro livro de poesia, Cada Bicho seu Capricho, saiu em 1992. Em 1994 ganhou o Prêmio Jabuti de Poesia, por Rota de Colisão (1993), e o Prêmio Jabuti Infantil ou Juvenil, por Ana Z Aonde Vai Você?. Suas crônicas estão reunidas em vários livros, dentre os quais Eu Sei, mas não Devia (1992). Nelas, a autora reflete, a partir de fatos cotidianos, sobre a situação feminina, o amor, a arte, os problemas sociais brasileiros, sempre com aguçada sensibilidade.


domingo, 26 de setembro de 2010

EU SÓ QUERIA DORMIR...



É tudo que eu quero,
Uma boa noite de sono, não precisa ser tranquilo, nem ter sonhos,
Não exijo qualidade, só quantidade!
Umas 4 horas, ininterruptas, já está de bom tamanho.
Eu fico navegando e as aplicativos perguntando:
"O que você está pensando?"
Eu já nem penso. só quero dormir.
Já experimentei rivotril, dalmadorm, dormonid,
Chá de alecrim, manjericão, alface, ervas sem fim,
Nada faz efeito
O sono fugiu de mim.
Acho que não tem mesmo jeito
Evelhescência é coisa danada
Mexe com o corpo da gente
Os hormônios entram em greve
Os neurônios danam a morrer,
É dor pra todo lado.
E eu passo a noite que nem hamburguer em chapa
Ora viro para um lado
Ora para o outro e nunca chega ao ponto.
Já decorei todos os cd's de relaxamento,
Já fiz todas as simpatias,
Olho pro lado, meu marido dorme,
Vou à varanda, a cidade dorme,
Por que comigo não é assim?
As horas passam,
O dia já começou a clarear
Os passarinhos a cantar
E o danado do Morfeu,
Onde foi parar???
Se o pego, mato aos pouquinhos
Mas por enquanto, queridos amigos,
façam uma "vaquinha" e deem-me dos seus sonos
Só um cadinho!!!!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

PELO CAMINHO


Amigos do Caminho

Caminhando pela estrada das estrelas
Palmilhando o norte da Espanha,
Nunca pensei pudesse crescer tanto
Junto àquela gente, a princípio, estranha.
Foi no caminho que aprendi
O significado da amizade verdadeira,
Que ultrapassa credo, cor, posição social,
Que quebra toda barreira.
Quando as dificuldades da língua
Tornavam impossível a compreensão
Aprendi a falar e escutar
Somente com o coração.
Aprendi o real significado
De palavras como tolerância e paciência,
Que às vezes temos que rever conceitos,
Que não podemos nos deixar levar pela aparência.
O caminho nivela a todos
Consegue a todos igualar
Pois ficamos reduzidos
Ao que suportamos carregar.
Tanta amizade sincera
Fiz por estas paragens,
Um sentimento tão profundo
Que não se vê em conhecidos de viagens.
Amigos que se foram,
Outros que deixei para trás,
Alguns que ainda seguem comigo
Outros que sei, não verei nunca mais.
E agora, meus companheiros queridos,
Que o caminho chega ao fim
Sobrou este vazio imenso,
A alma em chamas, esta dor em mim,
Este não saber o que fazer,
Pois a cada passo que dou
Se me aproxima de Deus,
Mais me afasta de vocês.


Arca - Espanha



terça-feira, 7 de setembro de 2010

SOBRE O TEMPO & AUSÊNCIA & SAUDADE


Faz tempo que não apareço, eu sei... vocês não merecem tanta ausência, mas nem sempre as coisas são como gostaríamos, mesmo assim seguimos em frente, aos trancos e barrancos, mas sempre em frente...
Quanto eu falei que ia terminar a Saga do Caminho de Santiago me deu uma angústia igual à que senti na Espanha e que aumentava a cada passo que dava para o destino final.
Como vivemos em sintonia com aqueles que amamos, logo recebi um e-mail do Mauricio pedindo que eu fosse bem devagarzinho, que ele não estava preparado, ainda, para terminar pela segunda vez nossa caminhada.
Com isso fui adiando, a dor aumentando, a angústia a apertar-me o peito, a saudade como poço que a cada dia fica mais fundo.
Daí apareceram compromissos inadiáveis, problemas recorrentes e eu, todos os dias, dizia a mim mesma: Hoje escrevo!
Mas esse hoje nunca chegava. Estava a boicotar-me, inconscientemente.
Comecei a pensar sobre a relatividade do tempo, das amizades, da ausência. Buscava encontrar algo que preenchesse um pouquinho essa saudade de gente que não conheço, de gente que partiu, para outro mundo ou esse mesmo mundo, de amores e amigos que perdi ou me perderam. Gente que não vejo, que não abraço, que não conforto nem me conforta. Gente que eu queria pertinho de mim. Gente assim como o Mauricio, a Vanuza, a Kátia, a Jussara e tantas outras que amo e não vejo, ou ainda não vi frente a frente.
Às vezes fecho os olhos e tento traçar, no espaço, as linhas desses rostos amados e não consigo. É triste.
Daí, como não existe coincidência, meu analista sugeriu-me ler Memórias de um Viajante do Tempo, de Patrick Drouot. Lá encontrei uma passagem em que ele diz:
- “O temps, suspends ton vol” (Tempo: suspende o vôo), implorava Lamartine. Mas o grito do poeta é impotente para deter o curso dos segundos, das horas, dos dias que passam. O tempo, pelo menos do modo como o concebeu o homem moderno desde o Renascimento, é principalmente “fuga”. Em nosso cotidiano, ele possui uma dimensão única, além de ser unidirecional em seu escoamento. Irreversível, empurra-nos inexoravelmente do passado para o futuro sem a possibilidade de voltar atrás.”
Isso veio exatamente quando tudo o que mais desejava era voltar no tempo...
Embora creia que carregamos todos os afetos, amores, amizades de todas as nossas vidas num compartimento secreto e oculto para nosso próprio bem... que nunca estamos sós... que tudo é relativo...mas como seguir em frente sem vocês?
Embora creia piamente na imortalidade da alma, como viver com esse anseio pela presença das almas que sei que amo de outras vidas?
Poderia listar as coisas que me fizeram ausentar-me tanto tempo... mas que importam coisas corriqueiras diante de tamanha solidão?
Por isso meus queridos, ficamos assim: minha ausência deveu-se da minha luta para deter o tempo e trazer para perto de mim aqueles que amo e que estão longe...
Só a presença no meu coração, neste momento, não basta...
Mas eu volto, sempre volto!
Alguém tem aí um tarja preta?
Beijos!