segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

CALAMIDADE NA REGIÃO SERRANA DO RIO DE JANEIRO

Num primeiro momento, quando as cores da tragédia me atingiram, ainda cedo, na cama, só fiz chorar. Não conseguia fazer nada concreto que ver os jornais e chorar.

Pelos que partiram e pelos que ficaram.

Pelos que já tinham pouco e o pouco se foi.

Gente que tinha muito e o muito também se foi.

Casebres, de telha de amianto, varridos das encontras.

Mansões, de dois, três andares, alto padrão, também varridas encosta abaixo.

Homens, mulheres, idosos, jovens, crianças, doentes, sãos, animais desorientados ... a lama nivelou todos.

Nivelou da pior maneira possível: pela morte!

Passado o torpor conseguimos (eu e Gabi) reunir grande volume de roupas, material de higiene pessoal, velas, fósforos e levamos para a sede da Polícia Rodoviária Federal daqui de Vitória-ES.

É uma gota no oceano das necessidades...

Mas preferível uma gota que nada.

Por isso aqui estou a pedir.

Ninguém é tão humilde que não tenha nada a oferecer.

Os atingidos não escolhem...

Nada têm mais.

Logo descobrirão que têm o bem maior: A Vida!

Aos que partiram nossas orações para que sejam amparados.

“Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. E a vontade do que me enviou é esta: Que eu não perca nenhum de todos aqueles que me deu... “ João 6-37-39

As imagens abaixo têm como fonte o site http://blogdopcamaral.blogspot.com




















POSTOS DE ARRECADAÇÃO DE DONATIVOS NA GRANDE VITÓRIA:

- Postos da PRF - Polícia Rodoviária Federal.
- Em Vitória na sede da PRF ao lado do DNIT na Av. Beira Mar, depois do Álvares
- Em Viana/Cariacica - no Posto da confluência das BRs 262 e 101
- Em Serra - No Posto da BR 101 norte

- Loja Politintas
- Av. Leitão da Silva

- Shopping Praia da Costa
- Vila Velha

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A VIDA PASSA...


Antiga Estação Pedro Nolasco -
hoje Museu da Vale


A VIDA PASSA NAS JANELAS DOS TRENS...

Pode parecer desinteresse, menosprezo às artes ou, quem sabe, falta de paciência mesmo. Mas eu não era assim!

Sempre fui arroz de festa, principalmente se tivesse “arte” envolvida.

Levei meus filhos para assistirem a encenações de peças infantis na Concha Acústica do Parque Moscoso, no Teatro Carlos Gomes, no Glória. Não perdiam um lançamento de filme infantil. Participavam de todas as apresentações na escola e na creche, desde que se dispusessem.

Foram crescendo, os hábitos mudando, mas continuamos respirando cultura através de exposições, teatros, museus, livros, mostras, shows.

De um tempo para cá fui minguando...

Não encontro palavra melhor: eu MINGUEI!

Daí, perdi o trem. Fiquei parada na estação da minha casa.

Mas o trem não vinha me buscar.

Hoje, a convite da Joana, fui conhecer o Museu da Vale (que já existe há um bom tempo e que ainda não conhecia).

Fomos eu, ela, a Gabi e a Luciana.

Prédio principal - Janelas centrais

Quando cheguei ao pátio, foi como se uma grande janela se abrisse na minha memória. Vi-me criança, atravessando a Baía de Vitória até o cais de Paul, de catraia, balançando, o medo do mar, o cheiro do medo e do mar.

Vi-me naquela estação deslumbrante, enorme, cujos trens nos levavam para longe, “Muito longe” dizia minha tia (mas era só até Santa Maria e Santa Leopoldina).

Catraia e Cais

Visitamos as instalações que por si só já valem o passeio, passeamos pela exposição permanente, conhecemos a maquete projetada para representar uma ferrovia específica, sendo a maior do Brasil, com 34 m² de área construída.

Visitamos a Exposição Temporária: Atrás do porto tem uma cidade, do mineiro Eder Santos, muito bonita por sinal.

Sentei-me no Café do Museu, muito bem acompanhada de minhas agregadas e mais alguns funcionários do museu, gente de primeira linha.

Quanta coisa ganhei nesse passeio.

Ganhei minhas memórias de volta!

Mas melhor que as memórias recuperadas foi sentar-me à janela de uma velha locomotiva e ver a cidade.

A cidade passava pelos meus olhos (o fato da locomotiva estar parada era mero detalhe)... e eu pude ver na sua grandiosa majestade a “Cidade Presépio” que me abriga.

Atrás do porto não tem só uma cidade... tem uma vida inteira de história.

Obrigada à Joana pelo convite!

Porto e Vitória, pela porta


Um olhar na neblina

Para mim: Janelas...

SERVIÇO:

MUSEU DA VALE - http://www.museuvale.com/
EDER SANTOS - Site oficial
Exposição:
Atrás do porto tem uma cidade = 22 de outubro a 20 de fevereiro -
Terças a quintas, sábados e domingos: 10h às 18h - Sextas: 12h às 20 h

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

VITÓRIA NA PRAÇA DE ALIMENTAÇÃO

Esta mensagem eu recebi da minha amiga-irmã Cris. Achei um absurdo ocultá-la. Por isso, compartilho com vocês na esperança de novos tempos, novos dias, com menos guerras, preconceitos, intolerâncias.
Eu creio num mundo melhor. E a Cris também! Aleluia!

por Matthew Cullinan Hoffman

25 de dezembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — À medida que o ano de 2010 estava chegando ao fim, aconteceu algo maravilhoso numa praça de alimentação num shopping center do Canadá. De repente, os clientes despertaram e começaram a cantar, a cantar de forma bela, a cantar o Coro Aleluia de “O Messias” de Handel. O evento “flashmob*”, filmado com múltiplas câmeras escondidas, difundiu-se pelo YouTube, onde foi visto mais que 26 milhões de vezes desde 17 de novembro, tornando-o um dos vídeos mais assistidos da história do YouTube (Assista aqui: http://www.youtube.com/).



Quando assisti ao vídeo, ponderei a questão do motivo por que eu, um homem crescido que não é conhecido por perder sua compostura, estava chorando como um bebê, e por que muitos outros reagiram da mesma forma, tanto na própria praça de alimentação como entre os usuários que deixaram comentários. Por que é que esse vídeo de uma antiga obra de polifonia cristã estava alcançando e movendo dezenas de milhões de pessoas, uma distinção que normalmente gozam as expressões banais da cultura popular?
A primeira e mais óbvia resposta é que a pura beleza e reverência da peça vêm movendo pessoas às lágrimas desde que foi composta pela primeira vez pelo próprio Handel. De acordo com uma antiga história sobre Handel, seu assistente certa vez o procurou depois de chamá-lo durante vários minutos. Ele encontrou Handel no quarto dele, em lágrimas, enquanto ele estava compondo o Coro Aleluia. “Acho que vi a face de Deus”, disse ele.
Foi comovente ver um povo tão belo, de todas as gerações e procedências raciais, executarem essa grande obra com alegria e reverência, mas ainda mais comovente foi sua capacidade de transformar uma praça de alimentação, um símbolo trivial de nossa cultura consumista cada vez mais degradada, com o louvor glorioso de Deus. Por um momento naquele dia de novembro, o secularismo militante da moderna sociedade emudeceu na face de algo que jamais poderia produzir, nem começar a sondar, uma bela voz de seu passado repudiado, insistindo em verdades que nunca morrerão: e Ele reinará para sempre!
Chorei também pelo mundo perdido da minha infância. Embora a cultura da década de 1970, já cambaleando das agitações da década de 1960, tivesse sido apenas um reflexo pálido da sociedade cristã que a precedeu, muitos elementos dessa civilização perdida estavam ainda intactos. O Coro Aleluia e outras obras semelhantes eram considerados coisas naturais e normais da sociedade, uma defesa do compromisso para com uma cultura cristã que permeou os Estados Unidos, Canadá e boa parte do mundo ocidental. Mas os EUA em que nasci desapareceram, e o Coro Aleluia é agora considerado um ato revolucionário, um gesto de desafio na face de uma sociedade “pós-cristã” cínica.
Mas a cristandade, com Cristo como rei, jamais poderá morrer. Pode ser forçada a se esconder nos subterrâneos por algum tempo, na privacidade dos lares e corações, mas as palavras do Coro Aleluia nos fazem recordar que Jesus Cristo é “o Senhor Deus onipotente”, o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” cujo reinado nunca acabará. O reinado de Cristo desabrochará de forma nova milhares de vezes e em mil lugares, em shopping centers e ruas, em lojas e escritórios governamentais. Sua ressurreição, como a do próprio Cristo, é garantida.
“No momento em que os homens reconhecerem, tanto na vida privada quanto pública, que Cristo é Rei, a sociedade em fim receberá as grandes bênçãos de real liberdade, disciplina organizada, paz e harmonia”, escreveu o Papa Pio XI em sua encíclica que estabelece a festa de Cristo Rei. A isso, que toda a cristandade diga: “Amém”.

*
Nota do tradutor: Um flashmob (traduzido do inglês para “multidão instantânea”) é um evento onde um grupo de pessoas vai de repente a um lugar público, desenhando movimentos pré-coreografados com certas finalidades.

Artigos relacionados:
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/news/victory-at-the-food-court
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