domingo, 24 de fevereiro de 2008
UM ANJO CHAMADO PEDRO
Postado por Katia De Carli às 13:54 7 comentários
Marcadores: Cartas
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
ENCANTAMENTO
Quantas coisas boas vivemos juntos!
Autora: Kátia Corrêa De Carli
Postado por Katia De Carli às 10:50 2 comentários
Marcadores: Poemas
sábado, 16 de fevereiro de 2008
SÉRIE MÃOS
Esta série foi feita originalmente em preto e branco.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
Postado por Katia De Carli às 09:51 1 comentários
Marcadores: Poetas - Escritores
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
QUANDO...
Quando eu me for para longe
Quando os seus olhos não mais puderem alcançar-me,
Lembre-se de mim.
Quando meus olhos não mais brilharem
Pelo simples fato de fitar os seus,
Lembre-se do que fui.
Quando já puder olhar você de frente
E a dor não mais travar minha garganta ao ver você,
Lembre-se do que partilhamos.
Quando tudo tiver se esvaído
Na bruma insondável do tempo,
Lembre-se de mim, com carinho.
Quando os anos insistirem em apagar
As recordações de tudo que vivemos,
Nem música, nem retrato, nada sobrar
Dons bons momentos que tivemos,
Apenas lembre-se de mim.
Pois assim viverei eternamente
No seu coração e na sua mente.
Porém, se ao lembrar-se,
Uma tênue névoa turvar o seu olhar,
Prefiro, mil vezes, que se esqueça e que sorria
Do que, ao lembrar-se, entristecer-se.
Livro: Múltiplas Faces
Autora: Kátia Corrêa De Carli
Postado por Katia De Carli às 10:31 3 comentários
Marcadores: Poemas
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
CARNAVAL
Em janeiro, tão logo passado o Natal, a gente começava a se preparar para o carnaval. Não que fossem necessários meses para bordar as fantasias. Como não existia dinheiro, era necessário tempo para fazer a “garimpagem”. Uma roupa velha, desde que fosse de menino ou de mulher. Roupa de menina não servia. Como não tenho irmãos, era preciso percorrer as casas das amigas que os tinham, ver se havia alguma roupa velha, descaracterizar (porque pobre usa roupa até puir de tanto lavar) porque todo mundo conhecia as roupas uns dos outros, ir às costureiras pedir retalhos para fazer alguns remendos, colar de fuxico (hoje é luxo! Vejam só!), etc.Depois vinha a vez da máscara.
Alguns tinham máscaras, daquelas de papel, mas a maioria não tinha. Então arranjávamos uma fronha velha, amarrávamos duas pontas, como se fossem orelhas de gato ou costurávamos pedaços de pano ou lã para simular cabelos e pintávamos a frente, com tinta gauche, batom, lápis de sobrancelha, tudo que fizesse cor, porque naquela época não existia “canetinha” e mesmo que existisse nós seríamos aqueles que não as teriam.
Então, quando começava o carnaval, arrumávamo-nos com tudo que havíamos preparado e lá íamos para o “Bloco Sujo” assim que ouvíamos os primeiros acordes da bandinha na rua.
Eu devia ter uns seis anos... me arrumei toda, o coração aos pulos e saí correndo em direção à praça. Estava só, encontraria a minha turminha atrás da bandinha. Quase chegando, logo na esquina, dou de cara com uma pessoa adulta toda fantasiada e mascarada (máscara mesmo, dessas que hoje fazem de látex), quase morri de susto e medo, dei meia volta e na mesma correria voltei para casa. Lá chegando, o coração na boca, minha mãe pergunta o que aconteceu. No que eu respondo: “dei de cara com um mascarado”. E ela, às gargalhadas, disse: “Só você mesmo! Um mascarado com medo de outro! Venha, vou com você!”
E lá fui serelepe brincar pelas ruas da cidadezinha.
É deste carnaval que tenho saudade.
Postado por Katia De Carli às 18:18 6 comentários
Marcadores: Confissões






