MÃE – MULHER
As pessoas, invariavelmente, colocam as mães
Numa redoma, num pedestal,
Acima do bem e do mal.
Esquecem que sob o manto da santa
Bate o coração de mulher
Cheio de desejo,
Com sede de beijo,
Fome de amor.
A mulher se torna prisioneira
Das aparências, dos preconceitos, das convenções.
Quando ousa se libertar
Das amarras, dos grilhões,
É taxada de louca, insana, demente;
A sociedade a olha
Com os olhos de acusação,
A pergunta velada:
Como pôde?
Eu a invejo, mulher corajosa,
Banida, proscrita, desterrada.
Saciada.
(Kátia Corrêa De Carli - inédito)
Foto: Escultura em El Caminito - Buenos Aires
domingo, 11 de maio de 2008
COMO NÃO PODIA DEIXAR DE SER... ÀS MÃES
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1 comentários:
Como sempre, reflexões muito lúcidas.
=]
bjobjo
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