Foto: Machu Picchu vista da Porta do Sol
Foto: Quarta Estação - Templo da Purificação - Trilha Inca
Desde muito cedo percebi em mim algo que me distinguia da maioria das crianças no quesito a coisas ditas “anormais”, fora do contexto, sobrenaturais etc.
Quando era pequena e alguém dizia para não ir a determinado lugar porque havia “Bicho-papão” aí é que eu queria mesmo ir, para poder vê-lo.
Atraía-me as histórias de bruxas, duendes, druidas... mas não aquelas tipo “A Branca de Neve”, gostava mesmo era da Madame Min, da Maga Patológica (alguém se lembra) com seus caldeirões, seus potes de unha de sapo, escama de cobra, dente de dragão...Ah! Viajar montada numa vassoura! Era o máximo!
O tempo passou, as histórias em quadrinhos também, mas o que está gravado na alma não passa.
Nesta minha última viagem ao México eu tive a oportunidade de estar com um grande Xamã. Mas esta história vai ficar para depois. Hoje quero contar meu primeiro contato (de vários que ocorreram depois) com um bruxo de verdade.
O ano era 1998. Estava prestes a realizar um grande sonho: Fazer a trilha Inca, que vai de Cuzco a Machu Picchu. Forças maiores fizeram com que eu encontrasse, através de uma amiga, uma pessoa no Rio de Janeiro, que me levou a outra e assim em diante até estar pronta, em um grupo que iria fazer sua iniciação em Reiki justamente na trilha e, ainda mais, tendo como trilheira uma descendente de Incas, que nos introduziria na selva cumprindo todos os rituais de seus antecedentes... Era o máximo! Eu já havia lido quase tudo sobre o assunto (naquele tempo a internet não era tão profícua em pesquisas) e assistido ao filme “Minhas Vidas” baseado no livro de mesmo título da atriz Shirley MacLaine com direito a encontro com bruxo e até viagem astral. Se ela podia, por que não eu?
Fazendo os últimos preparativos, numa ida ao shopping, passando em frente a uma livraria, minha filha brincou: Mãe olha para o outro lado, olha que interessante (repetindo o que eu fazia quando eles eram crianças e eu não queria que vissem alguma coisa). Mas não teve jeito, foi só olhar e lá estava, na vitrine, me esperando, um livro com o título “Os bruxos de Machu Picchu”.
Quando era pequena e alguém dizia para não ir a determinado lugar porque havia “Bicho-papão” aí é que eu queria mesmo ir, para poder vê-lo.
Atraía-me as histórias de bruxas, duendes, druidas... mas não aquelas tipo “A Branca de Neve”, gostava mesmo era da Madame Min, da Maga Patológica (alguém se lembra) com seus caldeirões, seus potes de unha de sapo, escama de cobra, dente de dragão...Ah! Viajar montada numa vassoura! Era o máximo!
O tempo passou, as histórias em quadrinhos também, mas o que está gravado na alma não passa.
Nesta minha última viagem ao México eu tive a oportunidade de estar com um grande Xamã. Mas esta história vai ficar para depois. Hoje quero contar meu primeiro contato (de vários que ocorreram depois) com um bruxo de verdade.
O ano era 1998. Estava prestes a realizar um grande sonho: Fazer a trilha Inca, que vai de Cuzco a Machu Picchu. Forças maiores fizeram com que eu encontrasse, através de uma amiga, uma pessoa no Rio de Janeiro, que me levou a outra e assim em diante até estar pronta, em um grupo que iria fazer sua iniciação em Reiki justamente na trilha e, ainda mais, tendo como trilheira uma descendente de Incas, que nos introduziria na selva cumprindo todos os rituais de seus antecedentes... Era o máximo! Eu já havia lido quase tudo sobre o assunto (naquele tempo a internet não era tão profícua em pesquisas) e assistido ao filme “Minhas Vidas” baseado no livro de mesmo título da atriz Shirley MacLaine com direito a encontro com bruxo e até viagem astral. Se ela podia, por que não eu?
Fazendo os últimos preparativos, numa ida ao shopping, passando em frente a uma livraria, minha filha brincou: Mãe olha para o outro lado, olha que interessante (repetindo o que eu fazia quando eles eram crianças e eu não queria que vissem alguma coisa). Mas não teve jeito, foi só olhar e lá estava, na vitrine, me esperando, um livro com o título “Os bruxos de Machu Picchu”.
Assim parti, com o coração carregado desta e outras ansiedades que conto depois (nossa! É tanta história para contar depois – rs)...
Chegando ao Rio conheci as pessoas que fariam parte do nosso grupo, em São Paulo embarcou o restante. Como sempre acontece em viagens assim, a gente acaba se identificando mais com algumas dessas pessoas... Eu acabei me aproximando da Sônia (à época astróloga nas horas vagas) com quem mantenho contato até hoje e a única que não riu de mim quando, na apresentação, foi-nos perguntado o que esperávamos desta viagem e eu respondi: Encontrar um verdadeiro Bruxo de Machu Picchu.
Não preciso nem dizer que fui motivo de muitas brincadeiras durante todo o trajeto. Era só um homem se aproximar de mim que logo vinham as perguntas: É o seu bruxo? Na maior gozação... Outros perguntavam se eu esperava que alguém batesse no meu ombro e dissesse: “Hola, yo soy um brujo de Machu Picchu!”...
Fizemos a trilha, que foi fantástica!
Não preciso nem dizer que fui motivo de muitas brincadeiras durante todo o trajeto. Era só um homem se aproximar de mim que logo vinham as perguntas: É o seu bruxo? Na maior gozação... Outros perguntavam se eu esperava que alguém batesse no meu ombro e dissesse: “Hola, yo soy um brujo de Machu Picchu!”...
Fizemos a trilha, que foi fantástica!
Conheci Machu Picchu!
À noite fomos aos banhos termais de Águas Calientes (que tinha se transformado de poços em piscinas de azulejo com direito a música baiana – sem preconceito! Que decepção!). Viagem astral nem fumando orégano!
Na manhã seguinte alguns decidiram subir novamente até Machu Picchu, outros ficaram zanzando por Águas Calientes e eu, com mais umas três do grupo, resolvemos subir uma rua bem íngreme onde tinha umas pequenas lojas de artesanato, seguidas da multidão dizendo “Compra-me, compra-me” – a pobreza era tamanha que acho que venderiam até os filhos.
No meio do caminho algumas desistiram e voltaram, lembro-me bem que ficamos eu, a Sônia e mais uma pessoa. Até que eu vi uma porta com cortina de contas. Não havia placa, nem sinal de ser loja ou galeria, nada! Mas uma força maior fez com que eu me aproximasse e entrasse.
Logo no meio da sala havia uma espécie de altar onde tinha, muito bem arrumado, os elementos fogo, água, terra e ar. Não havia ninguém visível. Em uma parede tinha quadros com diplomas de cursos de Reiki até o último grau, símbolos do Om e outros artefatos que não deixavam dúvida de que estávamos em um lugar muito especial. Arrepiei-me toda. Foi quando entrou na sala um homem (não sei dizer se tinha 30 ou 60 anos), com os olhos verdes mais penetrantes que já tinha visto na vida.
Explicou-nos sobre as peças que vendia – algumas pirâmides pequenas de pedras semi-preciosas e outras coisas mais – dizendo que tudo que fazia seguia um ritual, tinha uma finalidade, etc. Resolvi comprar três pirâmides: uma para mim e uma para cada filho. Ao entregar-lhe ele as colocou nas mãos, fechou-as em concha, murmurou algo e assoprou. A não ser que ele bebia perfume eu até hoje não encontro explicação para o olor que se espalhou pela sala e penetrou nas pirâmides e permaneceu até que eu chegasse ao Brasil.
Agradeci, paguei, tudo isso sem conseguir afastar meu olhar do dele, e fui preparando-me para sair, sem deixar de olhá-lo, uma força maior impedia-me de dar-lhe as costas. Quando estava quase chegando à porta ele me chamou de volta e perguntou:
- O que você realmente veio buscar aqui?
Num fiapo de voz respondi: - Um bruxo.
E ele então respondeu: - Encontrou.
Colocou-me no centro da sala, perto do tal altar e começou um ritual que eu entendi como sendo de purificação, uma vez que não ousava abrir a boca de tão emocionada que estava. Depois de um tempo que não sei dizer se um minuto ou uma hora, ele colocou as mãos nos meus ombros e eu sentia a energia passar dele para mim, como num filme de ficção científica. Ao final, ele fez uns gestos e uma reverência.
Minha amiga quando viu tudo o que passava, pediu a ele que também fizesse o ritual com ela, no que ele respondeu, literalmente:
- Não posso, só fiz porque a alma dela chamou a minha.
Esse foi o primeiro bruxo da minha vida!
À noite fomos aos banhos termais de Águas Calientes (que tinha se transformado de poços em piscinas de azulejo com direito a música baiana – sem preconceito! Que decepção!). Viagem astral nem fumando orégano!
Na manhã seguinte alguns decidiram subir novamente até Machu Picchu, outros ficaram zanzando por Águas Calientes e eu, com mais umas três do grupo, resolvemos subir uma rua bem íngreme onde tinha umas pequenas lojas de artesanato, seguidas da multidão dizendo “Compra-me, compra-me” – a pobreza era tamanha que acho que venderiam até os filhos.
No meio do caminho algumas desistiram e voltaram, lembro-me bem que ficamos eu, a Sônia e mais uma pessoa. Até que eu vi uma porta com cortina de contas. Não havia placa, nem sinal de ser loja ou galeria, nada! Mas uma força maior fez com que eu me aproximasse e entrasse.
Logo no meio da sala havia uma espécie de altar onde tinha, muito bem arrumado, os elementos fogo, água, terra e ar. Não havia ninguém visível. Em uma parede tinha quadros com diplomas de cursos de Reiki até o último grau, símbolos do Om e outros artefatos que não deixavam dúvida de que estávamos em um lugar muito especial. Arrepiei-me toda. Foi quando entrou na sala um homem (não sei dizer se tinha 30 ou 60 anos), com os olhos verdes mais penetrantes que já tinha visto na vida.
Explicou-nos sobre as peças que vendia – algumas pirâmides pequenas de pedras semi-preciosas e outras coisas mais – dizendo que tudo que fazia seguia um ritual, tinha uma finalidade, etc. Resolvi comprar três pirâmides: uma para mim e uma para cada filho. Ao entregar-lhe ele as colocou nas mãos, fechou-as em concha, murmurou algo e assoprou. A não ser que ele bebia perfume eu até hoje não encontro explicação para o olor que se espalhou pela sala e penetrou nas pirâmides e permaneceu até que eu chegasse ao Brasil.
Agradeci, paguei, tudo isso sem conseguir afastar meu olhar do dele, e fui preparando-me para sair, sem deixar de olhá-lo, uma força maior impedia-me de dar-lhe as costas. Quando estava quase chegando à porta ele me chamou de volta e perguntou:
- O que você realmente veio buscar aqui?
Num fiapo de voz respondi: - Um bruxo.
E ele então respondeu: - Encontrou.
Colocou-me no centro da sala, perto do tal altar e começou um ritual que eu entendi como sendo de purificação, uma vez que não ousava abrir a boca de tão emocionada que estava. Depois de um tempo que não sei dizer se um minuto ou uma hora, ele colocou as mãos nos meus ombros e eu sentia a energia passar dele para mim, como num filme de ficção científica. Ao final, ele fez uns gestos e uma reverência.
Minha amiga quando viu tudo o que passava, pediu a ele que também fizesse o ritual com ela, no que ele respondeu, literalmente:
- Não posso, só fiz porque a alma dela chamou a minha.
Esse foi o primeiro bruxo da minha vida!
Se tenho foto? Só a que trago gravada na memória e na alma.
Foto: Quarta Estação - Templo da Purificação - Trilha Inca
7 comentários:
Bem vinda novamente Katia. Que a viagem e o contatos com as gentes das partes dessa América de tantas belezas te renove as forças e te transforme em beleza a cada manhã.
Beijo.
Bruxinha!
kkkkkkkkkkkkkkkk
Lindo tudo... que viagem hein!
Biejos!
Imagino a cena!
Chorou muito?
bjo!
Ei Kátia,
fico muito contente com o contentamento que vejo traduzidos nesse "afastamento" que você fez. Que bom! penso que uma viagem como essa oxigena o caminho.
Beijos
Olha ela aqui outra vez!!!
Visitaste o Peru!...
Machu Picchu é o primeiro lugar que eu quiz visitar em minha vida; ainda não chegou a hora.
Quanto ao lançamento, foi muito legal; música, conversa fiada, espumante...tudo à contento.
Feliz com seu retorno.
Um abraço,
Jorge Elias
Katita....
Viajar com você vai ser prazeiroso demais. Conte tudo, por favor.
Quando a alma anseia por encontros, a vida se encarrega dos "acasos"...
Sonhei com você...Acordei assustada. Daí concluí que tinha "dedo" seu no sonho, rs...
Conto pelo método de sempre, rs...
Bjos.
Kátia.
Gostei do post e do blog. E temos os mesmos interesse, embora eu não os tenha colocado no meu blog. Virei aqui sempre.Visite meu blog:
wwwrenatacordeiro.blospot.com/
Não há ponto depois de www
Beijos,
Renata Cordeiro
Postar um comentário