terça-feira, 23 de outubro de 2007

IMPRESSÕES DE VIAGEM - III

GIVERNY

Saímos do Brasil com a viagem toda planejada. Tenho que confessar que sou meio detalhista para certas coisas, gosto de saber aonde vou, quantos dias ficarei, escolher os lugares que vou visitar e assim por diante... e na nossa programação havíamos reservado um dia para conhecermos Versalhes.
Quando estávamos em Paris, minha amiga disse que gostaria muito de conhecer Giverny.
Bem, eu nunca havia ouvido falar deste lugar, então perguntei o que tinha de interessante, no que ela me respondeu que era onde ficava a casa e os jardins de Monet, que haviam sido transformados em Museu.
Quase tive uma síncope!
Monet!!!!!
Sou apaixonada por Monet, seus quadros, sua história, suas ninféias (nenúfares), a ponte japonesa, o lago, os chorões... tudo o que diz respeito a Monet (como Giverny havia me escapado?). Existe um “algo mais” que me liga a Monet...
Não pensei duas vezes: meu voto – Giverny!
Que me perdoem, mas eu tenho um quebra-cabeça de 1500 peças com os jardins de Versalhes... se algum dia puder voltar, tudo bem, se não, fico com o quebra-cabeça!
Primeiro problema: Onde fica Giverny? (sem contar que ela não se lembrava se o nome da cidade era esse mesmo). Alguns telefonemas depois, ponto para nós. O nome a gente tinha.
Segundo problema: Era longe? Perto? Como chegar?
Não constava do nosso timetable dos trens do Europass...
Perguntamos no hotel: nada...
Daí meu amigo ligou para a irmã, no Brasil, que deu o telefone de uma amiga, na França, que ficou de pesquisar e passar os detalhes.
Algumas horas depois já sabíamos tudo...
No dia seguinte, com uma bolsa contendo as famosas baguetes francesas, queijos, frios e vinho, partimos rumo a Giverny.
Cidadezinha pequena, que ainda guarda as características medievais e algumas ruas daquele período histórico, Giverny apresentou-se com todo o seu esplendor.
Saímos caminhando e, a cada passo, encantava-me mais com a beleza das flores, das cores, das construções, dos montes que a rodeiam...
Chegamos à casa que hoje abriga a Fundação Claude Monet.
Por fora: fachada simples, cor de terracota, janelas verdes.
Por dentro: casa simples, sem ostentações, cozinha com panelas de cobre penduradas, seu ateliê, suas coisas... e o jardim.
Lindo! Senti-me como que parte integrante das obras pintadas na fase em que viveu em Giverny com sua Alice e a imensa prole que os rodeava (tipo os meus, os seus, só faltou os nossos).
Monet encontrou em Giverny a paz que buscava para viver e pintar. Adorava pintar a água e o reflexo da luz sobre ela, para isso chegou a transformar um barco em estúdio flutuante.
Perdi-me na profusão de cores, odores, imagens, recordações, reflexos e então pensei: se eu, pobre mortal, sinto-me assim, imaginem uma alma iluminada como a de Monet?
Confesso que foi difícil sair de lá.
Giverny foi meu melhor presente nesta viagem.

DICAS:

- De Paris, compre uma passagem para Vernon – fica a 75 km. (não é necessário fazer reserva com antecedência) – atenção porque o destino final nunca é Vernon – da estação de Vernon tem ônibus que faz o trajeto até Giverny. Outra opção, para quem está bem fisicamente e gosta de aventura, é fazer o percurso de bicicleta – no bar em frente à estação, aluga-se bicicleta.

- Em Giverny, se você conseguir sair dos jardins, passeie pelas ruas (depois do pic-nic)... tem outras atrações a serem visitadas:

- Rua Medieval (parte medieval ainda intocada)

- Museu de Arte Americana

- Memorial aos Aviadores Britânicos

- Igreja Sainte Radegonde Church onde está o túmulo de Claude Monet

- Sem contar os inúmeros ateliês que você vai encontrando por onde passa...

1 comentários:

Mariana disse...

Estou a tanto tempo afastada do mundo virtual dos blogs que só agora descobri que vc estava viajando.....mas ainda bem que descobro pois estou adorando todas as impressões de viagens e louca para ver o próximo capítulo!
Como não desejei boa viajem desejo agora boas vindas!
Bem vinda de volta!!
Beijos!