Ao meu querido amigo Jackson,
Você se foi.
Não deu tempo nem da gente se despedir.
Reconheço que sua partida não foi súbita nem inesperada, há tempos ela já se anunciava e nós, seus amigos, fazíamos de conta que não percebíamos como que querendo iludir a você e a nós mesmos.
De repente a notícia chegou.
Você tinha desistido de lutar (ou não conseguiu mais, ou cansou, quem sabe?) e partido.
Ficamos, então, parados, estáticos, como quando sabemos que alguém vai viajar só depois da partida, só que sua viagem não tinha bilhete de volta, você nos deixou, meu amigo.
E agora? Como conviver com essa ausência?
Quem nos trará, no meio da tarde, um lanche do Bob’s dizendo para comer sem culpa, que depois faríamos dieta?
Quem se lembrará de nos mandar balas em formato de flores?
Quem brincará de imitar os colegas fotografando paisagens imaginárias ou imitando esfinge?
Agora, com certeza, você já está percorrendo as galerias de algum shopping celeste em busca das novidades ou algum tênis diferente.
Lembro-me quando você foi embora para o Rio de Janeiro dizendo que sua ida era inevitável, pois precisava alçar novos vôos. Você partiu feliz e nós ficamos numa tristeza sem fim, mas torcendo para que você realizasse todos os seus sonhos.
E você os realizou.
Fez novas amizades (impossível lhe conhecer e não ser cativado), viajou mundo afora, viveu intensamente...
Não me interessava o modo como você levava sua vida, ela só dizia respeito a você mesmo, mas me interessava muito saber se você estava bem, se era feliz, e quanto a isso não resta a menor dúvida quando lembro do teor dos inúmeros bilhetes que trocamos (via malote), sempre recheados de brincadeiras, gozações e de amor, muito amor.
Jamais esquecerei tudo que compartilhamos, até das brincadeiras em seu leito de hospital. Eu brigando para você melhorar logo porque estava esperando pra fazermos longos passeios gastronômicos e consumistas (tudo para iludir a dor...)
Não foi possível fazermos nada para aliviar a sua agonia.
Alguém que não me recordo disse que a gente começa a morrer no dia que nascemos... mas bem que você poderia ter tido uma nova chance, você ficou pouco tempo aqui, foi-se cedo demais...
Fazia uma noite até bonita quando você partiu.
Só nos restou dizer adeus, meu amigo querido.
Acredito que, enfim, você alçou o vôo mais alto. E para nós só ficou essa saudade que dilacera a alma (mas que um dia acalma, eu sei), essa dor que invade nosso peito e parece não querer nunca mais ir embora e a tristeza de não ter podido dizer-lhe, pela última vez, face a face, o quanto eu o amava.
Com certeza um dia a gente ainda se encontra e te juro, desta vez, não deixarei que se afaste assim, tão depressa...
De onde você estiver, olhe por nós, em contrapartida estaremos orando por você (não acha uma boa troca?!)
Até um dia.
Você se foi.
Não deu tempo nem da gente se despedir.
Reconheço que sua partida não foi súbita nem inesperada, há tempos ela já se anunciava e nós, seus amigos, fazíamos de conta que não percebíamos como que querendo iludir a você e a nós mesmos.
De repente a notícia chegou.
Você tinha desistido de lutar (ou não conseguiu mais, ou cansou, quem sabe?) e partido.
Ficamos, então, parados, estáticos, como quando sabemos que alguém vai viajar só depois da partida, só que sua viagem não tinha bilhete de volta, você nos deixou, meu amigo.
E agora? Como conviver com essa ausência?
Quem nos trará, no meio da tarde, um lanche do Bob’s dizendo para comer sem culpa, que depois faríamos dieta?
Quem se lembrará de nos mandar balas em formato de flores?
Quem brincará de imitar os colegas fotografando paisagens imaginárias ou imitando esfinge?
Agora, com certeza, você já está percorrendo as galerias de algum shopping celeste em busca das novidades ou algum tênis diferente.
Lembro-me quando você foi embora para o Rio de Janeiro dizendo que sua ida era inevitável, pois precisava alçar novos vôos. Você partiu feliz e nós ficamos numa tristeza sem fim, mas torcendo para que você realizasse todos os seus sonhos.
E você os realizou.
Fez novas amizades (impossível lhe conhecer e não ser cativado), viajou mundo afora, viveu intensamente...
Não me interessava o modo como você levava sua vida, ela só dizia respeito a você mesmo, mas me interessava muito saber se você estava bem, se era feliz, e quanto a isso não resta a menor dúvida quando lembro do teor dos inúmeros bilhetes que trocamos (via malote), sempre recheados de brincadeiras, gozações e de amor, muito amor.
Jamais esquecerei tudo que compartilhamos, até das brincadeiras em seu leito de hospital. Eu brigando para você melhorar logo porque estava esperando pra fazermos longos passeios gastronômicos e consumistas (tudo para iludir a dor...)
Não foi possível fazermos nada para aliviar a sua agonia.
Alguém que não me recordo disse que a gente começa a morrer no dia que nascemos... mas bem que você poderia ter tido uma nova chance, você ficou pouco tempo aqui, foi-se cedo demais...
Fazia uma noite até bonita quando você partiu.
Só nos restou dizer adeus, meu amigo querido.
Acredito que, enfim, você alçou o vôo mais alto. E para nós só ficou essa saudade que dilacera a alma (mas que um dia acalma, eu sei), essa dor que invade nosso peito e parece não querer nunca mais ir embora e a tristeza de não ter podido dizer-lhe, pela última vez, face a face, o quanto eu o amava.
Com certeza um dia a gente ainda se encontra e te juro, desta vez, não deixarei que se afaste assim, tão depressa...
De onde você estiver, olhe por nós, em contrapartida estaremos orando por você (não acha uma boa troca?!)
Até um dia.
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